segunda-feira, 22 de julho de 2013

O ENSINO MÉDIO ESTÁ EM CRISE


A preocupação com a crise no Ensino Médio não é assunto novo. O que trago de inovador neste artigo é o fechamento de uma pesquisa que realizei junto aos alunos de uma escola, que denominarei de Escola Ágata, situada no Bairro Esperança, localizado em qualquer ponto do RS. Os alunos que compõem as três turmas do Ensino Médio da Escola Ágata também são alunos como os demais que estamos acostumados a trabalhar: adolescentes felizes, problemáticos, sonhadores, esperançosos.... As atitudes que eles apresentam também retratam o que lemos teoricamente sobre a Geração Z: nasceram entre os anos de 1990 e 2005 e hoje se encontram na faixa etária dos 08 aos 23 anos.

Segundo dados consultados sobre a Teoria das Gerações, após as Gerações X e Y estamos em plena convivência com a Geração Z. Esta, diferentemente das anteriores por alguns pontos, convive com os avanços tecnológicos: internet, aparelhos digitais, recursos tecnológicos que, muitas vezes, os pais não dominam. Mas, o acesso excessivo a esses recursos tecnológicos pode estimular as características do individualismo, a baixa expressão de afeto e a criação de um mundo paralelo, o virtual. Para ler mais sobre o assunto recomendo o site: http://www.jornalcco.com.br/noticia/3618/Teoria-das-Geracoes--conheca-as-caracteristicas-da-Geracao-Z.

A experiência que relato faz parte de uma pesquisa que iniciei no mês de agosto de 2012 e conclui parcialmente em julho de 2013, para poder participar do projeto “PRÊMIO RBS DE EDUCAÇÃO”, pois o tempo de envio do relatório está se expirando.

Dessa forma, a pesquisa apresenta dados verdadeiros e que podem ser comprovados de muitas formas: pelas postagens que já fiz no facebook pessoal e que foram compartilhadas pelos alunos, pela conversa direta com os mesmos ou através dos resultados a que cheguei, valendo-me de uma pesquisa quantitativa, aplicada por uma entrevista escrita, em sala de aula. Em seguida procedi ao tabulamento dos dados, usando uma técnica comum, de contagem das respostas de acordo com o que eles escreveram. A faixa etária dos alunos apresentou a seguinte divisão, num total de 47 alunos:

* com 17 anos: 1 aluno

* com 16 anos: 9 alunos

* com 15 anos: 18 alunos

* com 14 anos: 11 alunos

* com 13 anos: 1 aluno

Dessa forma, o perfil dos alunos que formaram o Grupo 1 é composto de adolescentes matriculados na Escola Ágata, no 1º, 2º e 3º ano do Ensino Médio, sendo que somente o 3º ano não está incluído no Ensino Médio Politécnico.Os 47 estudantes participantes da pesquisa podem ser incluídos na Geração Z.

Também, levantei os principais interesses dos alunos em se tratando de leitura. A constatação de que os jornais são as fontes mais apreciadas e buscadas me fez lançar um novo olhar sobre a forma como eu trabalharia a leitura. A rejeição pelos livros, constatada já através de conversas informais, deu-me a certeza de que deveria introduzir o jornal em todas as oportunidades, para prepará-los para manterem uma relação de empatia entre leitorXtexto. Os dados levantados apontaram que, dos 47 alunos entrevistados 32 preferem ler jornal e somente 4 livros.

De posse desses dados, achei conveniente pesquisador o porquê da leitura do Grupo 1 se concentrar na preferência da leitura tendo o jornal como fonte. E descobri que o fato estava relacionado à facilidade de acesso a essa fonte que eles possuíam devido à internet, através do smartphones, computadores e visitas ao telecentro do Bairro. Vislumbrei uma oportunidade de me valer dessas ferramentas para mostrar a importância da leitura na vida de cada um e que o jornal era uma excelente maneira de estar a par do que acontece no mundo, ter contato com editoriais, histórias em quadrinho, enfim todos os tipos de assuntos. Esse fato também vinha contemplar o tablet que eu ganhara da Secretaria da Educação para ser usado como ferramenta para o Ensino Médio. E dessa forma introduzi no ano de 2013 a leitura e exploração do jornal como fonte motivadora da leitura e através dos textos que seleciono do mesmo trabalho o conteúdo de forma globalizada, explorando os aspectos gramaticais e principalmente o entendimento daquilo que leem.

Dessa forma, o Ensino Médio tem representado para meus alunos uma fonte de prazer, as aulas são dadas em cima de contextualizações advindas dos jornais, eles ampliaram o vocabulário e se revelaram excelentes leitores e chargistas em potencial. Sim, a maior descoberta ocorreu exatamente neste ponto: se identificaram muito com a charge e estou explorando o máximo esse aspecto. Eles produzem charges de dar inveja a muitos profissionais consagrados no mercado. A mediação estabelecida no Grupo1 ocorreu através da relação que eles estabeleceram entre a charge e o entendimento do texto. Expressam-se sem problemas, tanto construindo as charges como as apresentando, oralmente, aos colegas.

A crise no Ensino Médio não pode ser negada. Mas ela pode ser contornada através de uma metodologia adequada e diferenciada para cada grupo de alunos, por meio de uma pesquisa sócio-antropológica verdadeira, participativa, onde os alunos se sintam elementos integrantes do contexto que estão inseridos.

Essa pesquisa-diagnóstico me fez repensar a prática pedagógica na Escola Ágata. Eu precisava apresentar os conteúdos de Língua Portuguesa e de Literatura para tentar atrair meus alunos e lhes mostrar que o mundo, além da sala de aula, exigia muito mais de cada um deles para vencer qualquer etapa da caminhada. E talvez, a única oportunidade que eles fossem ter para estar na escola, em contato com o ensino formal, era agora. Por isso me decidi abandonar os livros tradicionais e trabalhar a partir do jornal. Pelo menos por enquanto, pois espero que a partir da relação que eles estabelecem entre o texto do jornal e o gosto pela leitura eles mesmos vão ampliando suas necessidades e sentindo que precisam ler livros também.

 
 

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

CONCLUSÃO DE MAIS UMA ESPECIALIZAÇÃO

Conclusão na Universidade Federal de Santa Maria, através da qual passo a ser Especialista em Gestão Educacional, exercendo no IEE Maurício Cardoso, em Soledade, a partir do ano de 2013 a função de Coordenadora Pedagógica do Ensino Fundamental, séries iniciais e finais.
DICAS DE LÍNGUA PORTUGUESA:

Como se escreve corretamente ON-LINE? Assim mesmo, com hífen, pois na língua portuguesa esse termo originário do inglês pode ser ADVÉRBIO - caso signifique conexão com.... e ADJETIVO se estiver significando periférico, acessível, conectado a um sistema computaciona. A forma de escrever é sempre ON-LINE, porém a significação depende do contexto.

As regras de emprego do hífen são muitas e das mais complicadas da Língua Portuguesa até para quem é professor. E além de tudo apresenta várias exceções, incoerências e omissões. Indispensável, por isso, o recurso constante a um dicionário, a um manual de redação ou a um guia ortográfico.  Atente para estes exemplos:
"À toa" (sem hífen e com cra...
se) é advérbio, isto é, modifica um verbo; significa "a esmo", "ao acaso", "sem fazer nada", "inútil", "sem rumo".  


• "À-toa" (com hífen e crase) é adjetivo, isto é, modifica um substantivo; significa "inútil", "desprezível", "insignificante". Sujeitinho à- toa: sujeitinho desprezível.

TAMPOUCO é um advérbio de negação equivalente a "também não", "muito menos.
MAS não se deve confundir tampouco com a expressão tão pouco, cujo sentido é o de "pequena quantidade", "diminuto", "escasso".
Exemplos:
Não houve complicação importante e tampouco mortalidade na avalanche da Arena.

Os engenheiros fazem uma revisão das plantas e discutem a respeito das causas do incidente que são tão pouco conhecidas mas praticada frequentemente em jogos do Grêmio.