quarta-feira, 7 de outubro de 2009

ACORDO ORTOGRÁFICO

Recomendo às colegas que estão realizando o Curso de Atualização em Língua Portuguesa, no CIEP que consultem o site abaixo, sobre a Oficina que deverão realizar para o próximo encontro.
www.consa.com.br/consa/download/.../acor_ortog_lingua_port.pdf

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

PROVA DO ENEM: MAIS RACIOCÍNIO DO QUE MEMÓRIA


Não há como não escrever sobre o assunto que domina a mídia no momento, que perturba muitas famílias e se tornou, de uma hora para a outra, a dúvida na cabeça de nada mais, nada menos, do que 4,1 milhões de estudantes brasileiros. É verdade: a crise moral também chegou ao ENEM. A falta de credibilidade, a imoralidade, a falcatrua está se instalando cada vez mais rápido em todos os segmentos da nossa sociedade. Pessoas inescrupulosas, com certeza interessadas em facilitar a vida de alguns que estão acostumados a entrar por indicação, ou pela porta dos fundos, tentaram tirar proveito da situação e mais uma vez foram pegos em flagrante. Menos mal, pois terão que competir em condições de igualdade com aqueles que estudam e passar por merecimento.
Mas vamos tentar ver o lado bom dessa situação. Como argumentava ontem em sala de aula, os alunos terão a oportunidade de fazer a prova “descoberta”[1] como treino e ainda conquistaram mais algumas semanas para estudar. Dessa forma, aprofundarão seus conhecimentos já direcionando para o lado do “raciocínio e não da memorização”.
O Enem inovou em todos os sentidos. Ganhou valorização porque substituirá o vestibular em 24 universidades federais[2] e passou a valorizar o raciocínio lógico ao invés da memorização. Logo, os alunos que ainda tentam aprender por “decoreba” terão que, finalmente, se valer do raciocínio, da capacidade de ler e interpretar, da interrelação[3] de fatos antigos com os acontecimentos atuais. Aplausos ao Ministério da Educação que se inspirou nos exames de admissão às universidades americanas (SAT) e no teste internacional que mede a qualidade do ensino (Pisa) para reformular a nova prova, aplicada desde o ano de 1998, em padrões que privilegiavam aspectos ligados ao “quanto os estudantes conseguiam decorar e armazenas em suas memórias datas, fórmulas, regras gramaticais e fatos históricos e geográficos” sem espelhar as reais exigências da sociedade do século XXI.
A partir da reformulação, a prova do Enem se voltou para avaliar o estudo de forma interdisciplinar, quer conhecer qual é a real capacidade dos alunos processarem informações para chegar à solução de problemas concretos. O que se espera dos estudantes de hoje é que eles se tornem profissionais capazes de raciocinar e inventar, serem criativos, líderes, autônomos, que saibam lidar com situações inesperadas. O mercado de trabalho não precisa de estudantes “enciclopédias” e que sirvam apenas para uma única função. Pelo contrário, a sociedade disponibiliza informações a atualizações pelos meios de comunicação, especialmente a internet, e por isso não faz mais sentido às pessoas saberem de cor aquilo que têm acesso na hora e no momento que quiserem, com um simples clic de mouse.
Sendo assim, reuni algumas “dicas”[4] para os estudantes que quiser aproveitar o tempo e revisar seus conhecimentos, com base na nova orientação para o exame do Enem. Aqui vão elas:
a) Procure estar atualizado com os fatos recentes e relevantes no Brasil e no mundo. As questões serão contextualizadas, logo vão girar acerca da crise financeira, gripe A, fenômenos da natureza que estão abalando o mundo e outros relevantes ligados à economia e política.
b) Esqueça a memorização de fórmulas, exceto as mais simples, pois as mais complexas virão junto à pergunta para ver até que ponto você sabe interpretá-la e aplicá-la.
c) Escolha assuntos atuais e treine a redação, sempre tendo em vista dois focos: o texto deve apresentar a ideia[5] central logo no início e depois você deve defender essa idéia evitando ilogismo. Se possível, aponte uma solução para a ideia abordada.
d) Não se dedique às disciplinas que foram excluídas do Enem[6].
e)Responda às questões do antigo Enem e faça a prova que foi cancelada, pois é um bom exercício para você treinar e perceber as diferenças.
Finalmente, invista muito no raciocínio, no entendimento da pergunta, na contemporaneidade do assunto. Não esqueça que a finalidade do novo Enem é que o aluno demonstre capacidade de extrair a resposta corretas das questões, usando o conhecimento consolidado ao longo dos anos de estudo e de vivência, o que dificilmente será absorvido em horas de estudo que antecedem a prova.
[1] A prova está transcrita em vários sites disponíveis na internet. Inclusive, no meu blog: http://aprendendocomprazer.blogspot.com/ tem o endereço eletrônico para acesso as duas provas e ao gabarito.
[2] No RS, a UFRGS considera a nota do Enem como uma 10ª nota, somada às outras nove da instituição. Inclui no cálculo da média harmônica. A Furg considera a nota do Enem como 50% da nota, somada ao vestibular tradicional; a UFSCPA, UFPel e Unipampa utilizam o Enem como única forma de seleção e a UFSM não considera ainda o Enen, passará a fazê-lo somente no ano de 2010.
[3] Não se usa mais o hífen nas formações em que o primeiro elemento termina em vogal e o segundo começa por R ou S, por isso que interrelação dobrou o R.
[4] Com base na revista Veja, edição 2131, p. 78-82 e na Zero Hora do dia 02 de outubro de 2009, p. 4-9.
[5] Ideia não possui mais acento, pois se enquadra na regra dos ditongos abertos tônicos que não são mais acentuados graficamente.
[6] O Inep informa que ficaram fora da prova de matemática, por exemplo, os números complexos, matrizes e determinantes. Em português, não entra gramática, funções morfossintáticas e literatura. Em ciências da natureza foram excluídos os conteúdos de hidrodinâmica, leis de Kirchoff e introdução à química moderna.

Provas do Enem

Para treinar, acesse as provas do Enem/2009, que foram canceladas, de modo que você pode treinar e constatar as mudanças estruturais:
Prova 1 - http://zerohora.clicrbs.com.br/pdf/7088910.pdf
Prova 2 - http://zerohora.clicrbs.com.br/pdf/7088917.pdf
Gabarito - http://zerohora.clicrbs.com.br/pdf/7088923.pdf

Invista no conhecimento, na aprendizagem, no raciocínio e na seriedade.
Boa sorte.

domingo, 27 de setembro de 2009

NUMERAÇÃO CORRETA DAS CLÁUSULAS CONTRATUAIS

Diante da confusão que está ocorrendo na numeração das cláusulas contratuais, chamo a atenção dos alunos do Curso Técnico em Contabilidade para a seguinte regra básica:

A Gramática Contemporânea indica que se deve aplicar uma única regra para todas as situações em que se usam NUMERAIS. LOGO: em se tratando de papas, soberanos e séculos devemos usar os numerais ordinais até dez inclusive e os cardinais depois.
Exemplos: Cláusulas 1.ª, 2.ª, 3.ª, 4.ª, 5.ª, 6.ª, 7.ª, 8.ª, 9.ª , 10.ª e depois Cláusulas 11, 12, 13, etc.

PORÉM, preste atenção:
1. Se eu digo «décimo artigo do código», digo «capítulo cinco do livro».
2. Se o numeral antecede o substantivo, é usual continuar a usar-se o ordinal, mesmo depois de dez (ex.: «concorrente quinze», «décimo quinto concorrente»).

A regra vale igualmente na prática jurídica. Para designar os artigos no Código Civil, por exemplo, o artigo 1º deve-se dizer artigo primeiro até o artido décimo. Após artigo onze e assim por diante.

NA ESCRITA MAIS FORMAL, DEVEMOS CUIDAR A POSIÇÃO DO PONTO NOS NUMERAIS:
ARTIGO 1.º CLÁUSULA 1.ª
DEPOIS: ARTIGO 11. CLÁUSULA 11.

No entanto, temos aceitado a simplificação devido ao teclado nos not ou pcs.
Cláusula 1ª Cláusula 11 sem o uso do pontinho.
MAS, PRECISAMOS SABER AS REGRAS CORRETA, EM CASO DE CONCURSOS.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

VAMOS REFLETIR NO MÊS DE SETEMBRO SOBRE A RELAÇÃO: CIDADÃOXPÁTRIA

A HOMENAGEM QUE NÃO PODE CALAR

A independência do Brasil comemora mais um ano de existência. E nós, brasileiros, de uma forma ou de outra aproveitamos o dia 7 de setembro como melhor nos convier. A maior parte da população continua dormindo em berço esplêndido. Uns ficam em casa; outros viajam; muitos passam com a família e fazem desse dia mais um dia de feriado igual aos outros. Alguns também pensam, refletem e escrevem. Claro, além de fazerem tudo o que os demais brasileiros gostam de fazer: curtir um feriado.
A bandeira nacional é hasteada em todos os recantos do país e enquanto ela sobe ao topo do mastro, puxada lentamente pelas autoridades convidadas para este ato solene, o Hino Nacional toca. As pessoas procuram acompanhá-lo. Cantando por inteiro, algumas partes, parando e esperando pelos que “sabem mais”, especialmente quando chega a parte do “Brasil de um sonho intenso” e do “Brasil de amor eterno”. Claro, para não errar, basta lembrar, como sempre digo aos meus alunos:
- “Pessoal, primeiro a gente sonha e depois vive o sonho”.
Mas parece que a gente tem somente sonhado. Sonhamos com a liberdade e conseguimos conquistá-la, num passado distante. Depois passamos por uma fase difícil, a da ditadura militar e sonhávamos com a democracia. E ela também veio. Tímida, cheia de heróis que lutaram, foram presos, exilados. Mas voltaram para o Brasil e conseguiram o que todos nós queríamos: o direito de viver livre, democraticamente, sem receios de expressar nosso pensamento, de amar o Brasil por inteiro, de vê-lo despertar e se integrar às demais nações. Hoje somos livres para muitas ações, mas reféns para outras tantas.
Sim. Somos reféns da corrupção, da falta de ética, da desonestidade, do pouco caso que os governantes dispensam à saúde, à educação, à segurança, à boa aplicação do dinheiro público. Também, somos reféns de maus políticos que denigrem a imagem do Brasil dentro e fora dos seus limites. Somos reféns da violência dos assaltantes e da negligência daqueles que têm a obrigação de nos proteger. Afinal, pagamos nossos impostos e se não o fizermos temos represálias fiscais das quais também ficamos reféns. Daí constatamos que o Estado não cumpre com as leis que lhe obriga a nos garantir os direitos constitucionais e que para ele, o Estado, nada acontece.
Então, me questiono: será que não somos reféns da própria democracia que conquistamos, “com braço forte”, sem derramamento de sangue e sempre reiterando as nossas esperanças a cada nova eleição? Sim, pois nós brasileiros somos tão pacíficos e nada rancorosos que nem lembramos que o presidente Lula, o ex-presidente Collor e o atual Presidente do Senado Sarney eram de lado opostos e hoje se unem em “nome do BEM do Brasil”. Realmente, o Brasil é um país fácil de viver, seu povo é de índole pacífica, crédula, pura. O que precisa mudar, urgentemente, é a forma como nossos representantes percebem as coisas públicas e administram o dinheiro dos impostos que devem retornar para o povo, sob forma de benefícios e não sob forma de regalias pessoais e familiares. A coisa pública é patrimônio público e para quem fizer mau uso da mesma existe a punição. Basta que se cumpra a lei.
Bem por isso achei dramático assistir a Vanuza cantar o Hino Nacional Brasileiro daquela forma: desconcertante e fora do contexto. Claro, a Vanuza refletiu um momento da sua vida que lhe tem afetado os movimentos e a coordenação mental. Vanuza está doente. Mas, quem sabe, “o gigante pela própria natureza” não precisava assistir aquela cena hilária, onde as pessoas que participavam do evento poderiam ter tomado uma atitude, ajudado Vanuza achar o rumo da letra e da música. Porém, ao invés de mostrarem a ela que a melodia havia perdido o tom eles aplaudiram, encerraram a cerimônia como se estivessem concluído um ato normal.
E as coisas não são e não devem ser assim. Vanuza deu o sinal. Alguns jornalistas e analistas da situação perceberam que a mensagem que ela passou refletiu o caos que estamos vivendo. A confusão na letra e na música são sinais evidentes que precisamos repensar tudo o que está sujando e enlameando a imagem do nosso Brasil. Nós também estamos cantando o Hino de forma desconexa, sem rumo, a esmo.
Quem sabe vamos fazer desta Semana da Pátria uma oportunidade de demonstrar, pacificamente, mas em alto e bom som que o nosso país merece políticos e dirigentes iguais ao povo que vive aqui: de boa índole, bem intencionado, trabalhador, cumpridor de seus deveres sociais, morais e fiscais. Temos muito que ensinar neste mês de setembro. Estamos somente nos primeiros sete dias. Vamos aproveitar setembro inteiro para falar, respirar, viver e contar aos outros que o Brasil tem jeito sim. Basta as pessoas interpretarem corretamente algumas palavras como ideologia, ética, humildade, seriedade e outras que têm a mesma denotação.
TAREFA:
a) Escolha uma parte do texto, em colorido, para fazer um pequeno comentário e postar no espaço destinado a isso, no blog. Quero conhecer a opinião de vocês, por escrito, e também servirá como instrumento de avaliação.
Seja sincero. Expresse seu pensamento. Concorde ou discorde, mas justifique. Treine. Só apredemos a escrever, escrevendo e com isso estamos refletindo sobre essa forma de comunicação que precisa ser aperfeiçoada.

ACHO FUNDAMENTAL A COMUNICAÇÃO ENTRE QUEM ESCREVE E QUEM LÊ

A INTERAÇÃO COM OS LEITORES


Há exatos seis meses (em fevereiro) fui convidada para fazer parte dos colunistas do CLIC NEWS e aceitei o desafio. No início, meio tímida, escrevia com insegurança, embora seja muito segura para escrever. Afinal, as minhas horas do dia, tanto em casa quanto no trabalho, são dedicadas à escrita[1]. Mas escrita diferente, de cunho pedagógico, não como colunista.
Desde a primeira postagem percebi que era lida por muitas pessoas. Pessoas conhecidas, desconhecidas, parentes, amigos, alunos, ex-alunos, pois mantenho um blog[2] pedagógico para interagir com os alunos e mantê-los a par do desenvolvimento das aulas. No blog os alunos tiram suas dúvidas, mandando-me e-mail com suas dificuldades. E eu respondo um a um, auxiliando-os nas suas dificuldades, individualmente.
Tenho certeza que no atual contexto educacional, onde temos que competir com uma parnafenália de equipamentos necessários para a concretização das atividades precisamos nos valer de toda a tecnologia para poder nos comunicar com os alunos.
Mas retornando ao tema central desta reflexão, direcionado aos leitores que têm postado suas observações e sugestões, quero expressar a satisfação que sinto em poder atendê-los e apreciar seus comentários. Que bom que nem todos concordam com o que eu escrevo. Melhor ainda, os leitores demonstram interesse pelos assuntos que escolho segundo a minha preferência no momento e também consoante aos conhecimentos que detenho sobre o assunto.
Constatei a excelente repercussão da ajuda gramatical que iniciei, apresentando o novo Acordo Ortográfico explicando e justificando as palavras surgidas nos textos, assim como introduzi a explicação dos casos do uso da crase, atendendo à sugestão[3] de alguns leitores, mas que veio posso casar perfeitamente com a minha proposta inicial: interagir com os leitores porque essa é a maior finalidade da mensagem que me proponho a transmitir. Escrever, informar, mas, sobretudo ensinar. Sou professora 24 horas por dia.
Passados esses seis meses o ato de escrever para esta coluna passou a ser prazeroso porque constato que sou imprevisível e que tomei gosto pelo que estou fazendo. Sinto vontade de escrever, sento no frente do computador e as palavras fluem. Não importa o assunto. Abordo aquilo que me toca. Escrevo sem a preocupação de agradar. Escrevo pelo prazer de escrever. Digo aquilo que gostaria de ler. Procuro ser simples, direta, atingindo àqueles[4] que lêem o Clic Soledade e entram na coluna assinada por mim.
Estou feliz e realizada diante deste desafio: o de interagir com os leitores pelos seus comentários (inclusive, os que não gostam de escrever têm me falado pessoalmente e me sugerido temas a serem abordados). E eu os tenho incentivado a escreverem, pois eles somente aprenderão a escrever à medida[5] que escreverem. E acertarem. E errarem.
Emociona-me, particularmente, constatar como uma mesma mensagem é percebida de diferentes formas pelos leitores. E esta é a motivação de continuar escrevendo.
[1] Palavra feminina “escrita” admite artigo (a) + preposição (a)= à
[2] http://aprendendocomprazer.blogspot.com
[3] Palavra feminina “sugestão” admite artigo (a) + preposição (a)= à
[4] Nas formas àquela, àquele, àquelas, àqueles, àquilo, àqueloutro (e derivados) usa-se a crase porque subentende-se a fusão a preposição a + o pronome demonstrativo.
[5] Locução conjuntiva feminina.

O HOMEM TENDE A DOURAR A PÍLULA

O HOMEM TENDE A DOURAR A PÍLULA PORQUE ELE “SE ACHA”[1]


O fim do relacionamento amoroso virou o tema de uma exposição, que percorre o mundo e agora está em São Paulo, no SESC Pompéia. A artista francesa Sophie Calle transformou a dor do término de um relacionamento em arte. E não é que a exposição está tendo uma repercussão maior do que o que a própria autora esperava!!!.
Pelo que acompanho através da mídia, tudo começou quando a artista resolveu usar o sofrimento para fazer a exposição que hoje percorre o mundo. E esse sofrimento retratou o de uma adolescente de 15 anos, que respondeu uma carta de término de relacionamento por meio do SMS de texto do celular, usando simplesmente a frase: "ELE se acha".
Essa frase curta, mas significativa foi o que bastou para que a vida se transformasse em arte. A autora começou a receber e coletar milhares de exemplos de término de relacionamentos e a partir disso organizou a exposição. A exposição atrai milhares de visitantes diários, entre curiosos e sofredores de todas as idades demonstrando que o tema relacionamento e sofrimento unem as pessoas por si só, pois todos já tiveram algum tipo de problema nessa área. Quem não teve....é porque não viveu e não vive.
O acervo da exposição contém bilhetes, cartas, cartões e mensagens que comprovam a forma como cada um de nós, ao seu jeito, expressa o sentimento de rejeição diante de um “fora” da pessoa amada.
O discurso "você sabe que é especial, mas temos que terminar”; “que a vida ia começar a partir de agora, mas cada um deve ir para o se lado; “eu gosto muito de você, mas não dá mais”; “infelizmente, você é muito legal, mas vamos dar um tempo” e o tradicional “eu não te mereço” ou “você pode ter coisa melhor” podem ser uma simples desculpa ou uma desculpa verdadeira. Não importa o que venha a ser. Magoa, ofende, entristece. E aquele “cuide-se bem, pois eu me preocupo contigo”, mas pondo um ponto final no relacionamento???? Este, certamente, não dá para entender.....
O que pensar de tudo isso? A exposição apenas coloca a realidade e deixa todos os questionamentos no ar. As pessoas que vão à exposição divergem de opinião, mas há um consenso: o homem cria uma situação que obriga a mulher a tomar a decisão de pôr um fim no relacionamento. Por isso que o “homem tende a dourar a pílula”, segundo o piscoterapeuta Eduardo Ferreira Santos. Ele faz de tudo para não ser o responsável pelo ato final, mas sempre ocupando a posição de ator principal.
Na verdade, o fim de qualquer relacionamento é um interminável gerúndio. "Está terminando" até que alguém tome coragem para dizer (ou escrever) que acabou. O certo é que não dá para fazer uma separação sem dor.[2] E só dói o que tem sentido, o que representa ou representou alguma coisa.

[1] Esta crônica dedico à amiga e colega professora do IEE Maurício Cardoso, CLEONICE CIMAROSTI, que para minha satisfação me “segredou” que é leitora assídua e que todos os dias abre o CLICNEWS para ver se postei algo novo. E ela me dá palpites “ao vivo”, assim como outras pessoas o fazem. Mas o que vale é o acesso e a leitura, pois assim tenho convicção que cumpro com o propósito que tenho em mente.
[2] Se você quiser ler mais sobre ao assunto acesse o site: http://portalms.com.br/noticias/As-desculpas-para-se-terminar-um-relacionamento/Brasil/Geral/959558587.html, pois foi lá que me inspirei para esta reflexão.

DANÇA DO PODER

A Semana da Pátria começou ontem e me programei para escrever sobre ela. Mas como a crônica flui quando a gente menos espera tem outro assunto que se impôs na minha inspiração: o poder. Sim, o poder mesmo, aquele descrito pelo Aurélio como “ter a faculdade de...ter a possibilidade de.... ter a oportunidade de...”.[1]
O poder que as pessoas adquirem a partir do momento em que ocupam um cargo transitório ou uma posição privilegiada, normalmente de cunho político, diga-se de passagem, por indicação, o famoso QI (de Quem Indica) e não o QU (de Quociente Intelectual). Às vezes, os dois poderes podem até conviver, estar juntos na mesma pessoa, mas o primeiro é sempre mais forte, determina a atitude tomada por esse alguém e como é conquistado por força da circunstância se sobrepõe sobre a forma de agir. E até atrapalha quem o detém, fazendo com que tome atitudes que em outra circunstância não tomaria. Penso que é este o famoso, antigo e conhecido “preço de poder”.
Assim, fico triste quando vejo colegas professores, que ao se projetarem num determinado momento anseiam por mostrar aos outros que estão no comando. E no comando não somente do órgão ou da instituição, mas também de decisões que envolvem assuntos extremamente pessoais. Pessoas que se valem daquele “poder”, se é que assim podemos chamar uma situação passageira para mostrar aos outros, sempre para a parte mais frágil, a que está emocionalmente abalada ou desestruturada, que eles podem decidir pelo melhor. Como saber qual é o melhor para o outro se não sabemos nem qual é o melhor para nós???? Complicado, não é???? Mas verdadeiro.
O que deveria interessar para quem está no poder, especialmente educacional, que é o ramo a que estou ligada, é o nível de conhecimento dos professores, a metodologia utilizada em sala de aula a serviço dos educandos, a promoção pessoal dos profissionais da educação que está sempre carecendo de incentivo, material, atualização. E não se o professor pertence a esta ou aquela sigla partidária. Afinal, o Brasil ainda tem partido político definido, puro, que preza e defende sua ideologia??? Penso que de tantos conchavos e acertos políticos em vista da manutenção do poder estamos perdendo até a identidade partidária.
Bem, a Semana da Pátria será tratada na próxima oportunidade. Ou melhor, será que o poder, a ambição pelo poder, o deslumbramento pelo poder não é comemorado e incentivado também na Semana da Pátria? Em caso positivo esta é a primeira reflexão sobre pátria: até onde pode chegar a gana pelo poder.
[1] Aurélio Buarque de Holanda. Mini dicionário da língua portuguesa. CD Room.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

REDIGIR BEM UM TEXTO COMERCIAL

ORIENTAÇÕES PARA SEREM SEGUIDAS AO REDIGIR UM TEXTO COMERCIAL.


01 – Podemos dizer que escrever bem é o mesmo que “falar no papel”, de maneira simples e organizada. Evite usar uma linguagem rebuscada ou expressões que você não usa no dia-a-dia. Evite usar palavras ou estilo excessivamente formais. Mas também não caia no outro extremo, sendo coloquial em excesso ou usando gírias. O ideal é o equilíbrio.
02 - Não repita a mesma palavra muitas vezes ao longo do texto. Ao escrever, evite usar o mesmo termo repetidamente. Use sinônimos adequados aos contextos.
03 - Use uma linguagem que seja entendida por todos, evitando o uso de jargões. Ninguém é obrigado a saber o que é job, default, market share, data venia, barriga, downsizing ou press release. Sempre que puder, prefira escrever uma palavra portuguesa a um termo estrangeiro. Evita mal-entendidos e um pedantismo desnecessário
04 - Não use abreviaturas ou siglas. Escreva por extenso, principalmente se a abreviação não for muito conhecida. Você pode escrever sem problemas: "A pesquisa foi realizada pelo IBGE". Já "Os questionários serão aplicados pela ACVP" não quer dizer muita coisa.
05 - Desenvolva o texto em três partes coerentes - início, meio e fim. Ou seja, apresente o tema, desenvolva-o e faça uma conclusão sobre o que foi tratado. Antes de começar a escrever, faça um breve resumo, listando as principais idéias, tópicos e argumentos do texto. Procure não se desviar do assunto central.
06 - Seja objetivo. Se puder passar seu recado em um parágrafo, não escreva dois. Quanto menor e mais "enxuto" for o seu texto, mais chance ele terá de ser totalmente. Parágrafos curtos são mais fáceis e agradáveis de ler do que longos. Da mesma forma, não escreva frases longas, de três ou quatro linhas. A simplicidade é uma virtude.
07 - Prefira a ordem direta e a voz ativa. Evite frases intercaladas. No lugar de "os novos produtos serão lançados, em dezembro, pela empresa, em todo o Brasil, através do departamento de marketing", escreva: "o departamento de marketing da empresa irá lançar os novos produtos em todo o Brasil, em dezembro".
08 - Procure utilizar informações precisas a lançar mão de advérbios vagos. Compare as duas frases: "As informações devem ser enviadas rapidamente" e "As informações devem ser enviadas até a próxima quarta-feira". Ou: "Os resultados ficaram sensivelmente abaixo da meta estabelecida" e "Os resultados ficaram 18% abaixo da meta estabelecida". Seja objetivo e passe seu recado com mais eficiência.
09 - Seja moderado no emprego de pontos de interrogação ou exclamação. Um texto com perguntas em excesso cansa o leitor. "Você sabia que sua opinião é muito importante para nós? Que o seu bem-estar é nosso objetivo? Que nossos produtos foram feitos para tornar sua vida mais fácil?". Muito chato e sem criatividade. Da mesma forma, os pontos de exclamação devem ser utilizados em casos bastante específicos.10 - Seja perfeccionista. Nunca se contente com o primeiro rascunho. Reescreva. Revise. Acima de tudo, corte. Quando se tratar de um trabalho importante, faça uma pausa, entre o primeiro e o segundo rascunho, de pelo menos uma noite. Volte a ele com um olhar crítico e imparcial.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

RETORNO ÀS AULAS

Após o recesso do mês de julho, prolongado pela pandemia da GRIPE A voltamos às atividades normais. Que os alunos aproveitem bem o segundo semestre.
Vamos trabalhar com garra e disposição. Aqui vão as orientaçõe para as Etapas ! e 2 do IEE Maurício Cardoso.
Lembrem-se: trabalhar em sala de aula e on-line é o futuro da educação. Qualquer dúvida postei seus comentários.
Bom semestre a todos nós.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

AS FOTOS DO INVERNO TRAZEM SAUDADES!!!!

O inverno nos traz lembranças frias, distantes e agradáveis. Esta foto é da neve de 1968, mês de agosto, da casa onde passei minha infância e local onde ainda moro. A nossa casa amanheceu assim, coberta de neve. E nós, minha irmã Ana Lúcia e meu irmão Cesar Augusto, olhávamos da janela até ter coragem de sair e brincar com as vizinhas: Gelci e Elizabeth Zarpellon. O pai delas, seu Joventino Zarpellon, fotógrafo, na época, bateu a foto.





Também achei está foto, das minhas tias, Dilma e Branca, numa das maiores nevascas ocorridas em Soledade, na década de 1950.O local era a praça Central, Marechal Floriano Peixoto.
Agora vou aguardar se consigo um registro em 2009, diante de tanto frio, de uma neve como estas. O tempo tem apresentado todas as condições para que a neve venha nos brindar com uma paisagem encantadora e européia.
GRIPE A: epidemia, pandemia ou histeria?????

São tantas as informações veiculadas, os alertas difundidos e a “boataria” circulando pelo Rio Grande e resto do Brasil que não há como fugir de falar sobre o vírus H1N1. E podem ter certeza que a gripe em si não se atemorizaria tanto as pessoas como a falta de confiança que a população demonstra em relação às declarações do poder público acerca das providências que estão sendo tomadas em prol da saúde coletiva.
Na atual infraestrutura[1] político-econômica, onde vivenciamos uma crise de identidade partidária e desmandos em todas as esferas do poder, divulgadas e detalhadas pelos meios de comunicação, é de bom tom que a população fique de sobreaviso[2] e se proteja cuidando, especialmente, os bons hábitos de higiene, ou seja:
· Evitar visitas aos hospitais e demais casas de saúde.
· Buscar orientação médica no caso de estar gripado.
· Usar copos e talhares bem asseados e não compartilhá-los com ninguém.
· Arejar bem a casa, deixando que o ar circule livremente pelos cômodos.
· Usar o álcool gel para o asseio das mãos, repetidas vezes.
· Também, lavar as mãos com frequência [3] após o contato com objetos comuns, como é o caso dos corrimões[4], balcões de lojas e outros semelhantes[5].
Mas, devemos nos abster do exagero, do excesso de cuidados, do temor de que a epidemia (aparecimento intermitente de doença contagiosa que se difunde rapidamente) não se torne, em nossas cabeças uma pandemia (epidemia de grandes proporções, que pode atingir até mesmo o planeta todo), pois poderá ocasionar uma histeria (neurose caracterizada pela autossugestão[6]), se é que já não estamos caminhando para esse lado.
A questão é controversa e preocupante porque nem mesmo os infectologistas possuem uma opinião unânime a respeito do assunto. Cabe-nos, após decretado o prolongamento das férias de inverno, aproveitarmos o tempo para nos instruir, ler, pesquisar e buscar esclarecimentos, mesmo sem freqüentar as aulas, para que possamos exigir de nossos governantes mais investimentos em outras áreas, como é o caso da saúde, que se fosse bem tratada pelos responsáveis comportaria um número suficiente de pessoas habilitadas para tratar das doenças, teria sido feita uma prevenção, que é a forma de agir dos países desenvolvidos.
Dessa forma, a Gripe A é uma consequência[7] social que está sendo sentida por todos os brasileiros, independentemente da classe ou poder aquisitivo, mas que poderia ter sido amenizada ou até mesmo evitada se a saúde fosse prioridade. Que tal, ao invés de se discutir a punição ou não aos corruptos, nossos políticos estivessem preocupados em aplicar e fiscalizar a lei? Certamente não haveria tantos colarinhos brancos soltos nem tantas epidemias se alastrando.
[1] A partir do Acordo Ortográfico passou a ser escrita sem o uso do hífen, pois quando o prefixo termina por vogal diferente do segundo elemento não há necessidade do mesmo.
[2] Pelo novo acordo sem hífen, pelas mesmas razões que infraestrutura.
[3] Abolido o trema da palavra freqüência, assim como de todas as outras que o usavam.
[4] Aproveito para dizer que a palavra corrimão admite dois plurais: corrimões ou corrimãos.
[5] Essas informações se encontram disponíveis em todos os meios de comunicação, apenas as parafraseei.
[6] Não se emprega o hífen quando o prefixo termina em vogal e o próximo elemento inicia por R ou S, dobrando-se, então, essa consoante.
[7] Escrita sem trema a partir do Acordo Ortográfico.
AUTORRETRATO[1] DO FINAL DE SEMANA: MUITO FRIO

A palavra AUTORRETRATO[2] chocou sua visão???? Pois saiba que a minha também. Mas é assim que ele deve ser grafado desde a Reforma Ortográfica aprovada a partir do Acordo Ortográfico elaborado em 1990, ratificado pelo Brasil em 2004 a posto em prática a partir de 2009.
Todavia, o AUTORRETRATO do frio choca mais pela nova forma de escrever do que pelo seu significado. Ou será que ele será auxiliado pelo intenso frio que nos castiga, incomoda, apaixona, agrada alguns, desagrada a outros sempre mostrando as duas faces e nos impelindo a reapreender a lidar tanto com as palavras quanto com o clima frio?????.
Fazia anos que o inverno não era rigoroso como se apresenta neste ano. Ontem, o jeito foi permanecer olhando coisas antigas e em casa, cercada de muito calor artificial. Bem por isso passei a mexer em coisas velhas e descobri uma caixa de fotografias. Aquelas em preto e branco, guardadas como lembrança de um passado pouco distante, embora pertença ao século passado, mas que no mês de julho congelava nossas IDEIAS[3]
Achei algumas fotos interessantes, iguais ou quem sabe tiradas pelo mesmo fotógrafo, senhor Augusto Zarpellon, que registrava todos os fatos e eventos de Soledade e depois expunha naquela galeria-garagem, central, que nos abrigava do vento e propiciava a troca de informações entre os mais velhos e os mais novos, sobre quem eram os personagens das fotos expostas nas molduras de vidro. Ali a gente esquecia-se do minuano e encontrava amigos e conhecidos, redescobria amizades e até espichava o papo atualizando endereços, trocando informações, enfim, dialogando e resgatando conhecimentos.
Uma dessas fotos, que introduzo neste texto, mostra meu pai, no ano de 1968, na frente da nossa casa, na rua Aldo Porto, encantado pela paisagem européia que enfeitou Soledade, após uma noite de neve espessa.

Outra foto que encontrei é da visita de Ieda Maria Vargas, então Miss Universo, a Soledade. Meu pai anotou o mês, agosto, mas deixou de anotar o ano. Sei que foi na década de 1960. Mas isso não importa, diante da grandiosidade da paisagem, que mostra as anfitriãs da Miss Universo, da família Chaise, trajadas de casacões e gorros e com os pés afundados na neve, demonstrando a espessura do maravilhoso fenômeno que nos fazia sair de dentro de casa para brincar, construindo bonecos, fazendo “guerra de neve”, caminhando em grupo pela cidade, sempre fotografadas por alguém.



No meio das lembranças da neve, propiciadas pelo frio, resolvi aliar a gramática com a realidade. E parece que deu certo. Ah....vou esquentar um copo de leite com Nescau no MICRO-ONDA[4] para me aquecer e poder seguir remexendo e arrumando as fotografias.
Aos poucos estou tomando coragem e revelando aos meus leitores os segredos mais íntimos do Acordo Ortográfico, de uma forma criativa, mesmo não sendo original.

[1] Por sugestão dos meus alunos do Curso Técnico em Contabilidade, do IEE Maurício Cardoso, leitores assíduos das minhas crônicas e grandes incentivadores desta arte de escrever, que cultivo e procuro aperfeiçoar cada vez mais, evidenciarei, a partir de hoje, as palavras que se enquadram no novo Acordo Ortográfico, explicando, sempre, ao pé da página, o porquê da mudança. Assim, as palavras serão destacas pela cor vermelha e logo sempre virão acompanhadas da explicação gramatical.
[2] Antes do Acordo se escrevia com hífen (auto-retrato). Agora “não se usa hífen nas formações em que o primeiro elemento termina por vogal e o segundo elemento começa por R ou S, sendo que essas consoantes devem ser duplicadas. Assim temos autorretrato.
[3] Agora sem acento, pois é uma palavra paroxítona e possui ditongo aberto ei..
[4] Agora é assim que se escreve, o nosso antigo microonda virou MICRO-ONDA, pois “quando o primeiro elemento da formação MICRO terminar com a mesma vogal que se inicia o segundo elemento deverá ser usado o hífen”.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Só quem não pode ser visto como um homem comum é JESUS CRISTO!

O conceito de homem comum deve ser o mesmo entre todas as pessoas. Homem comum, representando a raça humana, deve ser entendido como o ser que vive numa sociedade igual para todos, que age dentro de normas e padrões estabelecidos pela própria sociedade, em nome da convivência harmônica, fraterna, com direitos e deveres que devem ser cumpridos e respeitados por todos. Caso haja transgressão desses direitos a penalidade deve ser igual para todos, pois a lei foi criada pelos homens, tendo em vista o bem comum e assim deve ser aplicada, em nome do bem comum.
No atual contexto brasileiro, onde a GRIPE SUÍNA deveria ser assunto de prioridade das autoridades constituídas e a prevenção deveria ser a palavra de ordem, bem como o ATENDIMENTO IMEDIATO dos portadores do vírus da NOVA GRIPE (Influenza A – H1N1), o assunto em pauta continua sendo o apoio do presidente Lula à permanência de José Sarney no comando do Senado. Indubitavelmente, a imprensa não faz segredo e os comentaristas escrevem claramente que atrás de tudo isso existe dois fortes interesses presidenciais: o apoio sem rodeios à candidatura de Dilma e o controle da CPI da Petrobrás.
Mas...o mais estarrecedor é ver Lula sair em defesa de Renan Calheiros, Fernando Collor e da família Sarney, pessoas já julgadas pela “justiça” e pela opinião pública, segregadas num passado recente, que a história ainda relembra como página que engrandece a nossa nação, quando “os caras pintadas” saíram às ruas, acompanhados e fortalecidos pelo então sindicalista Lula, exigindo que os “corruptos” fossem afastados dos cargos que ocupavam na época, em nome da “honra e da dignidade”.
Agora, ouvimos e lemos que essas pessoas são intocáveis e não poderão ser julgadas devido “à sua biografia” do passado. Mas que passado é este me pergunto: um passado carregado de empreguismo, protecionismo, acomodação familiar. Um passado que desprestigia as pessoas que estudam, se preparam, fazem concursos, lutam por um espaço na sociedade e depois percebem que os que possuem “QI” (entendido como Quem Indica) ocupam as melhores posições, mesmo sem possuírem a mesma qualificação, havendo, portanto, deslealdade na concorrência.
Enfim, retomando a temática motivadora deste artigo, SÓ QUEM NÃO PODE SER VISTO COMO UM HOMEM COMUM É JESUS CRISTO devo retomar o meu propósito e relembrar aos atuais expoentes nacionais, envolvidos na manutenção do uso perdulário do Poder que a biografia de Jesus Cristo foi escrita nos poucos anos de trajetória na terra, numa folha de papel linho impecável, com tinta permanente, onde ele e seus apóstolos distribuíam, graciosamente, conhecimento, humildade, humanidade, amor. E essas virtudes, os homens públicos brasileiros que ocupam as páginas da mídia ainda precisam aprender o seu significado e mais ainda, praticar atitudes que os tornem bem lembrados pela história brasileira.

O EXCÊNTRICO E LONGO FUNERAL DE MICHAEL JACKSON REPERCUTIU DE MUITAS FORMAS ENTRE AS PESSOAS

Desde o dia do anúncio da morte do rei do pop americano, Michael Jackson tanto o seu corpo quanto seu espírito teve muito trabalho. Tal qual foi a sua vida pública, repleta de altos e baixos, de glória e escândalos, de sucessos e fracassos, assim foi o seu final: trágico, mas pomposo.
O rei do pop descrito por seus amigos e admiradores como infantil e cheio de idéias pueris, revelava em sua forma de viver, de se vestir, de ostentar grandeza, de adquirir e construir um verdadeiro reino encantado em seu rancho, onde podia fazer e brincar de tudo e com tudo que não pôde fazer na sua infância, que o dinheiro acumulado pelo sucesso, alcançado com seu trabalho artístico, não era capaz de fazê-lo esquecer das coisas boas e necessárias proporcionadas pela família, aos seus filhos, independentemente da mesma ter ou não dinheiro a granel.
A revolta de Michael Jackson com as pessoas que lhe foram adversas na infância e na adolescência, tal qual seu pai, do qual ele tornou públicas as atitudes de agressividade em relação a ele, incomodou a sua breve existência e talvez tenha sido uma das causas de ele haver entrado “de cabeça” na roda vida do consumo de medicamentos controlados, dos quais não conseguia se afastar e que, ao invés de curar o seu corpo, tornaram-no uma figura “humana” estranha, sem traços definidos, sem expressão facial. A dança evidenciava seus movimentos, de lado, parecendo sempre que o rosto não queria ser exposto.
Mas, não há como negar o mega show que foi a sua despedida final, a homenagem póstuma reunindo renomados artistas americanos emocionou a todos. Nomes como o do compositor Smokey Robinson, da cantora Mariah Carey e Trey Lorenz, cantando juntos I'll Be There, um dos primeiros sucessos de Jackson, além da participação do pianista e cantor Stevie Wonder afirmando que "não gostaria de estar vivo para ver este momento", antes de interpretar Never Dreamed You'd Leave in Summer fizeram do momento de despedida uma ocasião inesquecível.
Mas, sem sombra de dúvida o ponto alto da cerimônia foi ocupado pela filha de Michael, Paris, de 11 anos, ao declarar, entre lágrimas que "meu pai foi o melhor pai que se pode imaginar. E quero dizer apenas que o amo muito".
Embora as interrogações ainda persistam, o local onde seu corpo repousará seja uma incógnita sabe-se que o ponto final da trajetória do rei pop ainda está longe de ser colocado. Muitos capítulos ainda serão escritos, pois assim como foi a sua vida será o seu repouso eterno, cheio de mistérios. A busca de respostas a muitas perguntas ainda será matéria-prima para a imprensa até que outro acontecimento surja para deixar Michael Jackson de lado, por um tempo.

ENFRENTAR FILA NOS BANCOS É UM EXERCÍCIO DE PACIÊNCIA

É comum escutar reclamações das pessoas relativamente ao tempo de espera nas filas de bancos. Mãos carregadas de papéis, bolsas ou carteiras recheadas de notas, cheques ou moedas. Filas, longas filas, ou cadeiras, confortáveis, azuis, cinzas ou verdes, mas sempre cheias de pessoas sentadas mal-humoradas, revoltadas, cansadas, chateadas e outros adjetivos mais que nem mesmo a língua portuguesa, com sua diversidade e riqueza vocabular não possui nenhuma palavra que, de uma só vez, consiga transmitir a ira, a fúria, o desconforto, o constrangimento, o descaso, a agressividade o “estresse bancário” (talvez este seja o termo que tanto procurei e que agora, como um milagre ortográfico se inseriu no meu texto) que acomete todos os que são obrigados a se submeter a uma situação passageira no dia, mas constante ao longo dos meses.
Como ninguém sabe por que e nem a fim de que essa situação continua fazendo parte do nosso cotidiano, as pessoas obrigadas a permanecer em fila ou sentadas trocam ideias, montam estratégias, se combinam de simular situações, algumas das quais achei interessante tornar públicas, embora anônimas, mas que poderiam, se postas em prática, chamar a atenção dos responsáveis pelos bancos e dessa forma eles ouvirem o que os “clientes”, que sempre deveriam ter razão, pensam a respeito do exercício de paciência a que são submetidos diariamente: Aqui vão algumas estratégias, claro que hipotéticas, mas que merecem ser levadas em conta, pois todas são criações dos clientes, obrigados a ficar esperando atendimento e por não serem atendidos passam a “conspirar “ contra os bancos.
Também, achei sensato dividir “as conspirações” em capítulos, pois dessa forma agregar novas sugestões e os capítulos, sem data marcada para terminarem, estender-se-iam, por muitos anos ainda. De repente, quem sabe, até algum meio de comunicação adquira os direitos autorais e produza um seriado, ou melhor, uma saga, devido à riqueza de episódios que poderão vir a acontecer a partir da “conspiração”:
Dito isto, vamos aos capítulos:
Capítulo 1 – Estratégias para ser atendido como cliente normal[1]
a) Alugar uma criança para ter sempre ao colo, já que as gestantes ou mães com filho no colo são atendidas preferencialmente.
b) Levar a avó ou avô sempre junto, para pegar a senha ou fila dos idosos; pois além de tirar essas pessoas para passear podemos conversar com elas assuntos que em casa nos falta tempo.
Capítulo 2- Estratégias para chamar a atenção dos gerentes e demais funcionários das agências que possuam poder de decisão
a) Organizar uma gritaria coletiva, tipo da torcida do Inter, no jogo do Corinthias. Mas dizer em coro, unissonamente:
- oi, estamos aqui...
- nos atendam, por favor....
O tipo de gritaria pode ser tipo torcida organizada, composta por clientes à espera, acompanhados de tambores, buzinas, apitos e outros instrumentos de som e percussão.
Os clientes “esperantes” se divertiriam muito mais do que assistir vídeos repetitivos e enganosos, rodados pelas TVs instaladas nos bancos, acerca do respeito ao cliente ou sobre assuntos desinteressantes.
b) Para encerrar, sugiro que o sexo feminino leve agulhas e linhas para fazer mantas e o sexo masculino se mantenha concentrado, olhando a habilidade das mãos femininas, em tricotar e crochetar mantas, auxiliando no desenrolar dos novelos de lã, trocando idéias sobre receitas, e vendendo as mantas que forem ficando prontas para os que se encontram na espera de serem atendidos.
Por hoje é só, aguardo sugestões dos leitores para que possamos ampliar esta saga histórica e construirmos uma ampla lista de sugestões mais ricas e criativas.

[1] Nada contra os clientes especiais, como deficientes, idosos, gestantes etc,, mas os demais se sentem discriminados, como se fossem penalizados por não se enquadrarem dentro desses critérios e por isso precisam aguardar mais tempo que os demais para serem atendidos. E, parece, que o dinheiro de todos tem o mesmo valor e ajuda aumentar o lucro dos bancos da mesma forma.

COMETÁRIOS SOBRE FATOS ATUAIS

A IGUALDADE ASSEGURADA PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL É PARA SER PRESERVADA E NÃO PARA SER DESVIRTUADA

Desde a edição da Constituição Federal de 1988, conhecida como a Constituição Cidadã, passamos a ter nossos direitos legalmente reconhecidos e positivados, embora a realidade vivenciada no dia a dia esteja longe de respeitar os preceitos estabelecidos pela Lei Maior.
A IGUALDADE DE TODOS é mencionada e enfatizada por todos, mas reconhecida por poucos. O cenário atual brasileiro, muito bem definido por Adair Philippsen[1], reportando-se a um ditando cancioneiro nordestino que diz:”muda-se a lei, não se muda o Sarney”, retrata a triste crise institucional patrocinada pelos homens comuns, eleitos pelo povo, que depois da eleição se consideram acima “da lei e de qualquer suspeita”, esquecendo-se das promessas feitas nos palanques, em cima das quais se elegeram. Dessa forma, constata-se que a ideologia que os conduziu ao cargo para o qual foram eleitos logo passa a fazer parte da massa falida e podre que se perpetua no Brasil desde o dia em que foi descoberto. Descoberto, diga-se de passagem, para ser um país de futuro, devido à sua grandiosidade territorial, riqueza do solo e condições propícias para abrigar diferentes etnias, tornando-se a nova pátria de imigrantes de todos os continentes.
Mas, o que assistimos hoje é uma caricatura desconcertante dos conchavos políticos em benefício próprio. Com certeza, todas as democracias permitem coligações partidárias, desde que “os conflitos ideológicos e pragmáticos não sejam insuperáveis”[2]. Como explicar a aproximação de pessoas tão diferentes, que se digladiaram num passado recente, em nome do bem-estar na nação, a exemplo de Lula, Collor, Renan Calheiros e Sarney, que num passado recente se encontravam em lados contrários e hoje se autodefendem para preservar as benesses que conquistaram ao longo de seus mandatos, conduzidos democraticamente pelos eleitores.
Diante dessas aberrações é que surgem as disparidades salariais entre motoristas do Senado e policiais civis e militares; professores e empregadas domésticas, enfim, entre os que servem aos “eleitos pelo povo” e os que continuam a trabalhar para “os eleitos pelo povo”.
Até quando vai isso....? Não sei, mas continuarei a registrar a minha inconformidade e indignação, bem como prosseguirei na missão de “professar” para os meus alunos o livre arbítrio, única arma disponível para expressar esta etapa difícil com a qual convivemos.
Felizmente a imprensa é livre e os meios de comunicação nos permitem externar, “sem censura” a opinião de quem estudou para pensar, tem por obrigação motivar os outros a pensar e também tem em suas mãos a maior arma para entrar nessa guerra: a palavra, o giz, a caneta. Claro que nem se compara com a qualidade e o prestígio das canetas que assinam leis favoráveis à minoria. Mas sempre é uma arma que pode servir para o futuro.
Em tempo: divulgado nesta semana o resultado de uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, no Brasil e em outros países, acerca do grau de confiança e desconfiança das pessoas em relação a diferentes profissões.
Em primeiro lugar, em grau de confiabilidade e respeito, foram apontados os BOMBEIROS, estimados, queridos e elogiados pela sua coragem, honestidade e prestação de serviço às pessoas, sem receber nada em troca, além do minguado salário, de flores, bombons e abraços.
No entanto, também em primeiro lugar, mas na escala de DESCONFIANÇA, disparadamente, sem sombra de dúvida, com larga vantagem de pontuação, a CLASSE POLÍTICA, adjetivada de corrupta, interesseira, eleitoreira e outros “eiras” a mais, que no final justifica o desencanto do eleitor brasileiro com seus representantes políticos.

[1] Juiz de Direito, em artigo escrito na Zero Hora de 15 de julho de 2009, página 15, denominado “De comuns e incomuns”.
[2] Editorial de Zero Hora, 16 de julho de julho de 2009, p. 20.

domingo, 21 de junho de 2009


O INVERNO CHEGOU....MAS EU NÃO GOSTO DO INVERNO!

Lendo uma crônica de Martha Medeiros, intitulada “Brrrrrr, o inverno de novo” senti que ela disse exatamente o que eu sinto, penso e nunca coloquei no papel. Claro que Martha fala de vôos atrasados, nevoeiros em aeroportos, fatos do cotidiano que lhe é familiar. Mas eu posso falar também do meu cotidiano. E serei tão verdadeira quanto ela.
A imagem do inverno para mim é de um quadro pintado em tons de cinza e marrom. Soledade parece que perde o brilho que lhe é peculiar. Nem as pedras preciosas espalhadas nos jardins, no interior de nossas casas, nas vitrines, nos acessórios que usamos não tem o mesmo brilho que nas outras estações.
A gente anda pelas ruas e cumprimenta as pessoas de forma diferente, com parte do rosto escondido atrás de um cachecol, claro que bem colorido, mas a tristeza do olhar de cada um, as costas curvadas pelo peso do frio, as mãos protegidas em luvas ou dentro das mangas dos casacos, tudo colabora para que a nossa fisionomia se torne mais carregada, que as rugas de expressões aprofundem seus vincos, enfim, o nosso corpo fica e reage diferente no inverno.
E a hora de levantar, tomar um banho e se vestir para enfrentar a jornada de trabalho? Pode haver quadro mais desolador do que abrir a janela para ver “a cara do dia” e dar com um dia emburrado, furioso, soprando para todos os lados e prometendo ficar pior até o final da tarde? Além, é claro, do festival de tosse, espirros, gripes, resfriados, rinites, cama, remédios......
Quando entramos em nossas casas ou no local de trabalho parece que o frio aumenta. Claro, as construções não foram feitas para climas frios. A maior parte das casas é de material e poucas ou quase nenhuma possui sistema de calefação. Isto é coisa de países do primeiro mundo e nós estamos longe deles, especialmente pelos baixos índices de desenvolvimento e investimento em saúde e educação.
Mas, o pior do inverno, é ver que a maior parte da população deve senti-lo muito mais forte e terrível do que eu estou escrevendo, pois eles nem casa têm, abrigam-se onde e como podem e dependem do que as campanhas do agasalho vão arrecadar para poder se vestir. Ambiente quente e comida quente? A não ser os poucos que frequentam a escola, os demais não sabem o que é isso.
Assim, definitivamente, no inverno gostaria de cair em hibernação e só despertar na primavera, para ver a natureza se enchendo de brotos, flores e perfumes diferentes. Mas, assim como a vida, passamos por diferentes estações e o inverno é uma delas. Vamos enfrentá-lo.
Publicado no clicsoledade/clicnews em 21.06.2009

quinta-feira, 11 de junho de 2009

JANTAR COM AS ALUNAS DA TURMA 306


As alunas da Tuma 306, do Curso Normal, mereceram um jantar na quarta-feiraa, véspera do feriado de Corpus Cristi. É uma das turmas mais organizadas e comprometidas que já tive a oportunidade de dar aulas. Dentre elas, a Raquel, a Fabiana, a Jussélia, a Lidiane, a Maria Luisa, a Jocelaine, a Neide, a Rosangela, a Vanderleia, a Camila e a Eliane. Pena que a Luana desistiu. Sentimos a falta dela. Quem sabe ela retorna????

domingo, 26 de abril de 2009

CRÔNICAS publicadas no www.clicsoledade.com.br/clicnews

QUANTAS VIDAS TÊM SE PERDIDO EM TROCA DE NADA????

A guerra declarada às drogas precisa vir acompanhada de muita informação e programas especiais. A sociedade se uniu em torno da “guerra ao crack” porque percebeu que não somente os marginalizados socialmente estavam sendo atingidos pelo consumo indiscriminado da droga. Pelo contrário, o crack saiu da periferia e se instalou lentamente, mas com força total entre os que compõem as mais diferentes famílias de outras classes sociais. E a idade? Também não são mais os de determinada faixa etária, mas se alastrou entre as crianças, adolescentes e adultos. Todos envolvidos e alimentadores de uma indústria poderosa, influente, permissiva, mas que está vencendo muitas batalhas.
Outro fato intrigante é que o crack tem tido consumido independentemente da ideologia, nível de escolaridade, profissão ou outros atributos que diferenciavam as pessoas entre si. Infelizmente, o crack uniu a periferia, os bairros, os bares, as escolas, tal qual aconteceu com a mundialização e globalização da vida do homem após o advento da informática.
Será que existe alguma receita para prevenir ou afastar nossos filhos, amigos e até desconhecidos da influência do crack?
Certamente que a receita não se encontra para comprar. O diagnóstico está sendo feito há muito tempo, desde que as famílias começaram a se preocupar demais com o ter e de menos com o ser. Explico: a modernidade nos empurra na busca de um padrão de vida compatível com os apelos do consumo. Para tanto, os pais se afastam de casa e de seus filhos por muitas horas, buscando no trabalho uma compensação financeira maior, para poder encher a casa de novidades, oportunizar aos filhos viagens, cursos, roupas e acessórios sem os quais eles, os filhos, poderiam muito bem passar.
Quando nos apercebemos o problema já está instalado em nosso meio. A droga, seja ela qual for, lícita ou ilícita, se faz presente em todos momentos da vida de nossos filhos, dos quais estamos afastados para trabalhar e ganhar mais.
Será que vale a pena oferecer tantos bens e prazeres materiais, deixando de lado os preciosos momentos que poderíamos nos dedicar ao convívio familiar? Será que é mais importante ostentar um currículum invejável, recheado de cursos, viagens, conhecimentos, ao invés de um curriculum mais pobre, mas de crianças e jovens bem resolvidos, amados, felizes e sadios?
Muitas vidas têm se perdido em troca de nada, pois no final o que tem restado são os familiares chorosos pela perda dos filhos e a certeza de que o dinheiro ganho para proporcionar mais coisas materiais tem se queimado junto com a fumaça da droga que infesta a sociedade.
OS JOVENS ESTÃO CADA DIA MAIS LONGE DO ENSINO FORMAL
A maior parte dos jovens e adultos brasileiros acaba abandonando a escola devido à incompatibilidade de horário das aulas com o trabalho. Exemplo disso é o esvaziamento das turmas dos cursos noturnos que se direcionam para atender a essa clientela.
O contexto brasileiro e mais de perto o soledadense, que vivenciamos no dia a dia, aponta pelos índices de matrícula que nos meses de março e abril as salas de aula estão superlotadas. No entanto, a partir do mês de maio a evasão escolar é visível e preocupante, para todos que se interessam realmente pela profissão que exercem, no caso, a de ser professor.
Tenho buscado motivar meus alunos para que permaneçam e concluam seus estudos. Tenho até agradecido a cada um deles pela presença a cada noite que passa, e dito em voz alta que eles, os alunos, são os meus clientes, pois se não fosse pela presença deles eu não teria matéria-prima para trabalhar. E vejam bem: matéria-prima de carne e osso, que fala, sente, age, discute, expõe seus problemas, enfim, GENTE....
Precisamos incentivar nossos jovens e adultos para que frequentem a escola e se formem. Eles precisam disso para poder ajudar o Brasil a sair da situação de estagnação em que se encontra, para ajudar Soledade a encontrar novos rumos, direcionar suas ações para o empreendedorismo, que exige visão, instrução, coragem investimento em geração de empregos para atender e manter as pessoas vivendo aqui.
Não podemos viver no passado e achar que de tradição, clima agradável, moças bonitas e de gente hospitaleira se faz progresso. Hoje, precisamos disso e de muito mais. Precisamos de pessoas que tenham visão empreendedora, que invistam em Soledade pelas suas potencialidades naturais, mas também pela cultura de seu povo.
No final me pergunto e lanço o mesmo questionamento para os que me derem a honra de ler até o final este posicionamento: por que será que fornecemos pessoas competentes para o mercado de trabalho de todos os locais e não conseguimos ficar com algumas delas por aqui? Por que será que nossos jovens se formam e vêm para Soledade apenas visitar os parentes e amigos?
É algo que merece reflexão.
ENSINAR É SÓ PARA OS MELHORES: EM CINGAPURA
A Revista Veja, edição de 3 de junho deste ano, traz uma reportagem interessante, que merece ser lida e refletida por nós, educadores brasileiros.
O artigo aborda e educação formal, ou seja, aquela oportunizada nas instituições de ensino, de uma forma diferenciada da que estamos acostumados a praticá-la. Ao contrário do que aprendemos para ser multiplicadores, a educação é vista como uma ciência que deve ser dada em moldes empresariais, onde as boas idéias são aproveitadas e as que não servem são descartadas. Da mesma forma, os bons profissionais são valorizados e os maus profissionais são demitidos.
Há muito tempo a visão que tenho da educação faz parte dessa corrente. Desde que comecei a estudar administração de empresas e me deparei com as teorias administrativas, vivenciando essa realidade em entidades ligadas ao cooperativismo, como é o caso do SEESCOOP, através da COEDUCAR/RS, uma Cooperativa de Educadores do Rio Grande do Sul, que congrega profissionais da área educacional e os prepara para trabalhar de forma diferenciada, passei a perceber que os alunos de hoje querem um ensino diferenciado, professores mais atuantes, que lhes traga novidade, especialmente às ligadas à tecnologia, mundo no qual estamos inseridos desde o final do século XX e que ainda não faz parte do dia a dia de muitos professores.
E isso passa, necessariamente, por uma mudança metodológica, onde o professor é valorizado financeiramente e como tal ele se motiva a planejar aulas interessantes, atuais, se dedica a estudar novas técnicas e modalidades alternativas de transmitir os conteúdos, valendo-se de situações concretas e significativas para os alunos e conseguindo a permanência dos mesmos na sala de aula, ao mesmo tempo que fornece mão-de-obra especializada para o mercado de trabalho. Esse é o diferencial de um professor dos tempos atuais.
Infelizmente o Brasil ainda está longe dessa realidade. A maior parte dos profissionais da área educacional não investe em aperfeiçoamento e tecnologia e por isso não consegue dar aulas significativas para seus alunos. Certamente que a culpa do nosso ensino estar abaixo dos padrões mínimos exigidos pelos órgãos internacionais não se deve somente à falta de motivação dos professores, todos os demais ingredientes que acrescentamos à nossa formação são fatores que colaboram para o agravamento da situação, além do contexto sócio-econômico-cultural no qual estamos inseridos.
Mas, se cada um de nós fizer a sua parte, determinando metas, valores e princípios, tal qual ocorre nas empresas, os nossos alunos sairão melhores a cada ano que passa e num curto espaço de tempo (quem sabe.....no próximo século), seremos um país de primeiro mundo.
Enquanto isso, eu faço a minha parte, você, colega, a sua parte e assim estamos colaborando para que os alunos que passam por nós levam algo que pode fazer a diferença: o preparo para a vida e para enfrentar situações do dia a dia, com base nas experiências que trazem em sua bagagem cultural. E o mais importante: um lugar no mercado de trabalho.
O MÊS DE MAIO NÃO É MAIS O MÊS DAS NOIVAS
Desde que soube, através dos dados estatísticos do IBGE, que o mês de maio perde para o mês de setembro, em número de casamentos e mais ainda, que o mês campeão de matrimônios é o mês de dezembro passei a olhar o mês de maio como um mês igual aos outros. Igual, igual, não, pois temos o dia das mães, no segundo domingo de maio, data tradicional de demonstrar através de abraços, visitas, presentes, surpresas e outros atos dignos a admiração que temos pelas mulheres que colocaram, criaram e curtem seus filhos todos os dias, de perto ou de longe.
Numa confirmação que basta um olhar mais atento sobre o contexto em que vivemos, pode-se dizer que o mês de maio pode ter deixado de figurar como campeão em número de enlaces matrimoniais, mas que a figura feminina ocupa a maior parte das comemorações deste mês não resta nenhuma dúvida.
Comecemos pelo dia do trabalho. O dia 1º de maio, dia do trabalhador, para ser comemorado precisa de uma mão feminina para o seu planejamento e sucesso. São as mulheres que se encarregam de pensar no cardápio, se houver churrasco comemorativo; de montar os arranjos nas floriculturas para serem enviados aos homenageados; de fazer o protocolo das cerimônias que se multiplicam pelo país. Enfim, a presença da mulher é vital para que tudo dê certo.
No dia das mães nem se fala. Embora a mulher seja o centro das atenções no segundo domingo de maio ela é também a mola propulsora das regalias que são oferecidas às outras mulheres. Mesmo que as mães se livrem da cozinha e vão almoçar fora com a família, lá na cozinha do restaurante há outras mulheres preparando as guloseimas para as mulheres que se sentam confortavelmente numa mesa de restaurante.
No dia 13 de maio também a figura da Princesa Isabel nos remete ao mundo do trabalho. Sim, pois a Abolição da Escravatura libertou os escravos dos senhores feudais, mas eles passaram a depender de outros “senhores” industriais para sobreviver.
E nesse cenário, a ama de leite passou a representar o apoio indispensável dentro do lar para que outras mulheres pudessem sair de suas casas e se dedicarem a tarefas antes tidas como exclusivamente “masculinas”.
O mês de maio mexe muito comigo. É um mês que eu, particularmente, gosto de viver intensamente, fazer coisas diferentes, produzir muito. Talvez seja porque admiro muito tudo o que se comemora em maio e constato que as grandes mudanças que ocorrem no mundo do trabalho, especialmente devido à flexibilização das leis trabalhistas, precisam ser divulgadas, discutidas e repensadas neste mês. A mulher ainda tem muito o que fazer para conquistar o seu espaço e por que não em maio? Se não é mais o mês das noivas, pode ser o mês das mulheres....É uma hipóteses a ser pensada e refletida.
Mas, seguindo a tradição, parabéns a todas as mães que me leem (agora é sem acento, embora o computador teime em acentuar, pois está programado para isso), especialmente a minha mãe, Thereza, que tenho a felicidade de tê-la ao meu lado, com 83 anos.
“EU PAGO, VOCÊ PAGA, NOSSOS IMPOSTOS PAGAM”
Os fatos recentes, envolvendo os parlamentares brasileiros na esfera federal e municipal levam à reflexão. O caso específico dos vereadores soledadenses pode ser usado como paradigma adequado para pensar e repensar.
“De onde vem o problema, também vem a solução”. Essa máxima, anônima, popular e verdadeira pode apontar caminhos para que, através do bom senso e do diálogo com a comunidade se estabeleçam normas saudáveis de atitudes, sempre com vistas ao bem da comunidade e do cidadão.
Não vou entrar no mérito de quem tem razão, pois estamos em lados opostos: eu, cronista, no lugar do cidadão comum, que trabalha, cumpre horário, espera em filas para ser atendido nos bancos, nos postos de saúde, nas repartições públicas. E mais ainda, como professora, nível 6, ganho uma diária em torno de R$ 60,00 para me deslocar para outras cidades, participar de cursos previamente autorizados pela Secretaria da Educação (SE), estudar dois ou três turnos, custear as despesas de locomoção, hospedagem e alimentação. E mais ainda, no retorno do curso tenho que dar contas para a comunidade escolar, através de um trabalho eficiente, de tudo aquilo que aprendi no curso patrocinado pela SE.
Porém, mesmo em lados opostos, percebo que o maior problema dos parlamentares brasileiros, quer federais, estaduais ou municipais reside na percepção que eles têm entre o público e o privado. Sim senhor, é isso mesmo: a ilusão patrimonialista
[1] que vigora no Brasil tem raízes históricas e se perpetua há décadas fazendo com que os ocupantes de cargos públicos se valham do que é do povo, adquirido através do pagamento de impostos, em proveito próprio.
Contextualizando em Soledade, a frase da semana, publicada pelo Informativo Regional do dia 24/04/09, de autoria do Presidente da Câmara de Vereadores ao afirmar que “a diária é dele, do vereador. Se ele quiser ir lá e comer só pastel frito o problema é dele. O dinheiro é dele”. Essa asseveração demonstra a falta de consciência entre o público e o privado. Embora certas regalias sejam permitidas e até legais diante do Regimento Interno da Câmara de Vereadores elas podem não ser corretas para o momento. A falta de regras não pode justificar o fato dos políticos fazerem do dinheiro que lhes é disponibilizado um uso abusivo.
Quem sabe, a Câmara de Vereadores de Soledade cria normas internas adequadas ao nível de formação dos vereadores. Afinal, no serviço público estadual, as diárias são pagas conforme o deslocamento, mas também condizentes com o nível de formação dos servidores. Esse seria um critério justo, pois igualaria todos os cidadãos: tanto os detentores de cargos públicos através de concursos como os eleitos pelo povo. E serviria de incentivo ao estudo, à leitura, à ampliação dos conhecimentos, às viagens através de outros meios, a internet, por exemplo, são mais seguras e econômicas do que as realizadas em carros oficiais e aviões. Somente assim teremos a possibilidade de melhorar o nosso país e a nossa Soledade.
Se houvesse consciência de que a coisa pública deve ser tratada como a coisa privada certamente nossos vereadores estariam de mãos dadas, trabalhando para trazer mais empresas para a cidade; melhorar as vias públicas, especialmente as estradas do interior em tempo de colheita; investir na saúde, segurança e educação. Mas pelo que se constatam, estas três palavras: SAÚDE, SEGURANÇA e EDUCAÇÃO foram desmontadas juntamente com os palanques das campanhas eleitorais e permanecem amontoadas em algum lugar, à espera das próximas eleições.
Enquanto isso, alguns de nós, se mostram atentos e empenhados em cobrar o respeito às fronteiras entre o público e o privado, reconhecendo-se que para trabalhar bem os vereadores certamente precisam de condições. Mas estas condições poderiam ser ampliadas em número de horas dedicadas à comunidade, em trabalho efetivo, em visitas às famílias, em cursos on-line sobre todos os assuntos, o que economizaria viagens e melhoraria a qualidade de vida dos soledadenses.
[1] Esta denominação é usada frequentemente por Fernando Gabeira (PV-RJ) para explicar o porquê dos parlamentares agirem diferente em realção às suas coisas e a coisa pública.
Além dos muros da escola
Pensei em diversos assuntos sobre os quais pudesse escrever a minha primeira participação nesta nova fase do www.clicsoledade.com.br/clicnews e me decidi por um que, certamente, preocupa a todos nós pais, educadores, comunidade, de todas as faixas etárias: a escola e o que acontece dentro e fora de seus muros.
O assunto tem despertado tanta atenção das pessoas que mereceu um filme, denominado “Entre os muros da escola”, ganhador do prêmio Palma de Ouro, no festival de Cannes de 2008. Estreou no Brasil em meados de março deste ano
Sem entrar no mérito do filme em si tratemos de analisar o seu conteúdo. O enredo aborda uma problemática que perturba e preocupa todas as nações: a relação aluno versus escola, uma problemática universal que possibilita a discussão de diferentes posicionamentos culturais acerca dos valores passados aos filhos e no caso, alunos.
Os temas disciplina, autoridade, desinteresse pelas aulas, troca de insultos e agressões entre os estudantes se constituem em enfoques do filme, nos levando a refletir profundamente sobre os valores e o comprometimento da família, local onde as crianças passam a maior parte do seu dia, diante da escola, local onde elas passam somente um turno.
A família, instituição maior e responsável pela educação informal das crianças, está deixando de lado seu papel de orientadora, acompanhante e educadora de hábitos e atitudes que vão se refletir na vida diária, escolar, social e profissional de seus membros no futuro. A escola somente deveria reforçar os valores aprendidos em casa. Mas o que se tem sentido é uma preocupante inversão de valores. Numa realidade onde os jovens são criados com extrema permissividade e têm acesso a muitos tipos de informações, nem sempre filtradas pelos pais, a urgência da retomada da imposição de limites pelos adultos está a exigir atitudes criativas, constantes e saudáveis.
Nesse cenário é que nos encontramos nas escolas. A nossa principal função que deveria ser a de ensinar o conteúdo formal, preparar o aluno para a vida e mercado de trabalho, monitorar e assessorar o saber tem sido ocupada por conversas e trabalhos direcionados aos limites que devem ser respeitados na escola e os valores que devem ser cultivados pelos alunos. Os conteúdos das disciplinas estão se chamando hiperatividade, dislexia, bulimia, anorexia, violência, drogas e outros análogos.
Assim, eu me questiono: quando vamos poder ensinar português, matemática, redação, história e geografia? Os alunos estão perdendo um tempo único e precioso para adquirir, ampliar e aprimorar seus conhecimentos. Nós, educadores, precisamos resgatar a prática pedagógica que nos incentive ao diálogo e negociações com os alunos, para além dos muros da escola. Mas para isso é imprescindível que a família esteja presente na escola, sob forma de pais preocupados com a educação integral de seus filhos.

FORMATURA DA GIOVANA









Colação de Grau em Pedagogia, pela FACINTER, da minha nora e agora colega GIOVANA. Dia 25 de abril, em Carazinho.


Parabéns Giovana, nós estamos felizes com a tua realização profissional.

E já está cursando a Especialização.


COLUNISTA NO CLIC SOLEDADE


Convido vocês, alunos e leitores do meu blog, para que acessem o site www.clicsoledade.com.br/clicnews onde tenho postado, semanalmente, uma crônica abordando diversos assuntos. Iniciei com a crônica MUROS DA ESCOLA, tratando do enfoque da violência nas escolas o do enredo do filme "Entre os muros da escola”, ganhador do prêmio Palma de Ouro, no festival de Cannes de 2008.
A segunda crônica, postada no dia 26 de abril, denominei de “EU PAGO, VOCÊ PAGA, NOSSOS IMPOSTOS PAGAM” e abordo, de modo geral, a histórica confusão que os políticos continuam fazendo entre "a coisa pública" e a "coisa privada". Destaco, em especial, o caso dos vereadores soledadenses que repercute ainda em nosso meio, especialmente na escola, onde os alunos levantam a questão e querem opinar sobre o assunto. tenho dado espaço e conduzido um debate no intuito de esclarecer e levar os alunos a pensar no fato, não como algo isolado, mas sim como uma consequencia do que está ocorrendo em nível federal.
A ESCOLA é o espaço destinado ao conhecimento e dos bancos escolares sairão os nossos futuros líderes. Espero que seja assim.

domingo, 15 de março de 2009

NOVA ORTOGRAFIA - USO DO HÍFEN

Finalmente, abordanos os últimos casos da nova ortografia em se tratando de palavras com hífen.
A) Usa-se hífen com os prefixos hiper, inter e super apenas quando combinados com elementos iniciados por R. Exemplos: hiper-requintado, inter-racial, inter-relacionado, super-revista.
B) Palavras com o prefixo sub recebem hífen apenas quando combinadas com elementos iniciados por B e R. Exemplos: sub-regra, sub-reptício, sub-bibliotecário.

LEITORES, ESTUDIOSOS E CURIOSOS:
Vocês se depararam somente com a sínteses e alguns exemplos do que ocorreu em nossa língua. temos até o ano de 2012 para nos adaptarmos. Mas, vamos colocando logo em prática os nossos conhecimentos.
Por gentileza, se tiverem alguma dúvida registrem aqui no blog que responderei de imediato.

ACENTO AGUDO NA NOVA ORTOGRAFIA

Prosseguindo as dicas sobre a nova ortografia, em relação ao uso do acento agudo, também perdem o acento o U tônico das formas que/qui e gue/gui de verbos como apaziguar, arguir, averiguar, redarguir, obliquar. Dessa forma, escrevemos: apazigue (s), arguem, averigue (s), obliquem.
FINALMENTE, as maiores alterações são constatadas em relação ao uso do HÍFEN:
A) Os prefixos comuns ALÉM, AQUÉM, EX, PRÉ, PÓS, PRÓ, RECÉM, SEM E VICE mantêm o HÍFEN:
sem-terra, ex-senador, vice-governador, recém-nascido
pós-graduação, pré-vestibular, pró-reitor, além-mar
B) Nas palavras compostas o hífen foi abolido quando se perdeu a noção de que a palavra é composta. Mas o hífen foi mantido nos demais casos. Os exemplos mais comuns são: paraquedas, mandachuva, parabrisa.
NO ENTANTO, mantém-se a grafia sem hífen com os prefixos des, dis, in, re, trans, entre outros de uso consagrado. A extensão da regra das palavras compostas será determinada pela publicação do novo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras (ABL).
C) Palavras com a letra H
Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por H.
Exemplos: anti-higiênico, extra-humano, super-homem, neo-humanismo, pseudo-herói, co-herdeiro, eletro-hidráulico, macro-história, micro-história, semi-hospitalar, intra-hepático, ultra-hiperbólico, psico-higiene, geo-história, contra-harmônico, anti-histórico.
D) VOGAL + S ou R
Quando o prefixo termina em vogal e a segunda palavra começa com S ou R, não há hífen e a consoante é duplicada. Veja os exemplos: antirreligioso, antissemita, contrarregra, contrassenha, ultrassom.
E) VOGAL + VOGAL DIFERENTE
O hífen deixa de ser usado quando o prefixo termina em vogal e a segunda palavra começa com vogal diferente. Veja os exemplos: autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, extraescolarextraoficial, infraestrutura, semianalfabeto, semiopaco.

A nova ortografia passou a vigorar mesmo! ATENÇÃO!

A partir de 1º de janeiro de 2009 foi oficializado o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
ATENÇÃO: os corretores ortográficos dos editores de texto (Word, entre outros) e dos sistemas editoriais não têm previsão de atualização. Assim, é preciso cuidado para não deixar que as ferramentas eletrônicas sejam respeitadas dentro do seu limite.
A seguir, com base em muitas pesquisas, apresento para os alunos e pessoas interessadas uma síntese do ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA:
a) O USO DO TREMA -
O trema foi extinto, com exceção nos nomes estrangeiros e nos seus derivados, como por exemplo: Müller, mülleriano / Hübner, hübneriano.
b) O ACENTO DIFERENCIAL
O ACENTO DIFERENCIAL deixou de ser usado para diferenciar os pares: pára / para, péla / pela, pólo / polo, pélo / pêlo e pêra / pera. Exemplos:
Ela PARA a bicicleta. O POLO Sul é frio. Ele joga POLO. O cão tem PELO negro. A PERA é uma fruta.
No entanto, o acento diferencial será facultativo ou opcional em FÔRMA e FORMA, como nos seguintes casos: A FÔRMA de assar carne é de alumínio ou a FORMA de assar carne é de alumínio.
No verbo PÔR, permanece o acento, para diferenciar o verbo PÔR da preposição POR. Atente: A moça vai PÔR um fim na relação (verbo, com acento).
No verbo PÔDE (passado), para diferenciar de PODE (presente). Exemplo: O atlete não PÔDE jogar até o final da partida.
c) Acento circunflexo
Perdem o acento as palavras com hiato OO, como por exemplo: abençoo, doo, enjoo, magoo, perdoo...
Também, perdem o acento as palavras com hiato EE. Veja estes exemplos:
creem, deem, leem, veem, preveem
NO ENTANTO, nada muda no plural de TER e VIR e seus derivados.
Ele TEM um livro. / Eles TÊM dois livros.
Joana VEM hoje. / Joana e Maria VÊM hoje.
O homem MANTÉM a palavra. / Os homens MANTÊM a palavra.
A fera DETÉM a força. / As feras DETÊM a força.
Rafaela INTERVÉM na aula. / Letícia e Rafaela INTERVÊM na aula .
d) ACENTO AGUDO
Perdem o acento as PAROXÍTONAS com os ditongos abertos EI e OI. Dessa forma, escrevemos Coreia, plateia, assembleia e outras semelhantes sem o uso do acento agudo.
Da mesma forma, pelas mesmas razões, não possuem mais acento as seguintes palavras que usamos mais frequentemente: androide, apoia (verbo apoiar), asteroide, boia, celuloide, claraboia, colmeia, debiloide, epopeia, estoico, estreia, geleia, heroico, jiboia, joia, odisseia, paranoia, plateia, tramoia, dentre outras.
No ENTANTO, continuam sendo acentuadas as OXÍTONAS terminadas em ÉI, ÉU e ÓI, inclusive no plural. Exemplos: herói (s), céu (s), réu (s),
troféu (s), chapéu (s), anéis,
anzóis, papéis.
Perdem o acento as PAROXÍTONAS com I e U tônicos depois de ditongo. São casos raros: feiura, bocaiuva e baiuca.

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