sexta-feira, 28 de agosto de 2009

REDIGIR BEM UM TEXTO COMERCIAL

ORIENTAÇÕES PARA SEREM SEGUIDAS AO REDIGIR UM TEXTO COMERCIAL.


01 – Podemos dizer que escrever bem é o mesmo que “falar no papel”, de maneira simples e organizada. Evite usar uma linguagem rebuscada ou expressões que você não usa no dia-a-dia. Evite usar palavras ou estilo excessivamente formais. Mas também não caia no outro extremo, sendo coloquial em excesso ou usando gírias. O ideal é o equilíbrio.
02 - Não repita a mesma palavra muitas vezes ao longo do texto. Ao escrever, evite usar o mesmo termo repetidamente. Use sinônimos adequados aos contextos.
03 - Use uma linguagem que seja entendida por todos, evitando o uso de jargões. Ninguém é obrigado a saber o que é job, default, market share, data venia, barriga, downsizing ou press release. Sempre que puder, prefira escrever uma palavra portuguesa a um termo estrangeiro. Evita mal-entendidos e um pedantismo desnecessário
04 - Não use abreviaturas ou siglas. Escreva por extenso, principalmente se a abreviação não for muito conhecida. Você pode escrever sem problemas: "A pesquisa foi realizada pelo IBGE". Já "Os questionários serão aplicados pela ACVP" não quer dizer muita coisa.
05 - Desenvolva o texto em três partes coerentes - início, meio e fim. Ou seja, apresente o tema, desenvolva-o e faça uma conclusão sobre o que foi tratado. Antes de começar a escrever, faça um breve resumo, listando as principais idéias, tópicos e argumentos do texto. Procure não se desviar do assunto central.
06 - Seja objetivo. Se puder passar seu recado em um parágrafo, não escreva dois. Quanto menor e mais "enxuto" for o seu texto, mais chance ele terá de ser totalmente. Parágrafos curtos são mais fáceis e agradáveis de ler do que longos. Da mesma forma, não escreva frases longas, de três ou quatro linhas. A simplicidade é uma virtude.
07 - Prefira a ordem direta e a voz ativa. Evite frases intercaladas. No lugar de "os novos produtos serão lançados, em dezembro, pela empresa, em todo o Brasil, através do departamento de marketing", escreva: "o departamento de marketing da empresa irá lançar os novos produtos em todo o Brasil, em dezembro".
08 - Procure utilizar informações precisas a lançar mão de advérbios vagos. Compare as duas frases: "As informações devem ser enviadas rapidamente" e "As informações devem ser enviadas até a próxima quarta-feira". Ou: "Os resultados ficaram sensivelmente abaixo da meta estabelecida" e "Os resultados ficaram 18% abaixo da meta estabelecida". Seja objetivo e passe seu recado com mais eficiência.
09 - Seja moderado no emprego de pontos de interrogação ou exclamação. Um texto com perguntas em excesso cansa o leitor. "Você sabia que sua opinião é muito importante para nós? Que o seu bem-estar é nosso objetivo? Que nossos produtos foram feitos para tornar sua vida mais fácil?". Muito chato e sem criatividade. Da mesma forma, os pontos de exclamação devem ser utilizados em casos bastante específicos.10 - Seja perfeccionista. Nunca se contente com o primeiro rascunho. Reescreva. Revise. Acima de tudo, corte. Quando se tratar de um trabalho importante, faça uma pausa, entre o primeiro e o segundo rascunho, de pelo menos uma noite. Volte a ele com um olhar crítico e imparcial.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

RETORNO ÀS AULAS

Após o recesso do mês de julho, prolongado pela pandemia da GRIPE A voltamos às atividades normais. Que os alunos aproveitem bem o segundo semestre.
Vamos trabalhar com garra e disposição. Aqui vão as orientaçõe para as Etapas ! e 2 do IEE Maurício Cardoso.
Lembrem-se: trabalhar em sala de aula e on-line é o futuro da educação. Qualquer dúvida postei seus comentários.
Bom semestre a todos nós.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

AS FOTOS DO INVERNO TRAZEM SAUDADES!!!!

O inverno nos traz lembranças frias, distantes e agradáveis. Esta foto é da neve de 1968, mês de agosto, da casa onde passei minha infância e local onde ainda moro. A nossa casa amanheceu assim, coberta de neve. E nós, minha irmã Ana Lúcia e meu irmão Cesar Augusto, olhávamos da janela até ter coragem de sair e brincar com as vizinhas: Gelci e Elizabeth Zarpellon. O pai delas, seu Joventino Zarpellon, fotógrafo, na época, bateu a foto.





Também achei está foto, das minhas tias, Dilma e Branca, numa das maiores nevascas ocorridas em Soledade, na década de 1950.O local era a praça Central, Marechal Floriano Peixoto.
Agora vou aguardar se consigo um registro em 2009, diante de tanto frio, de uma neve como estas. O tempo tem apresentado todas as condições para que a neve venha nos brindar com uma paisagem encantadora e européia.
GRIPE A: epidemia, pandemia ou histeria?????

São tantas as informações veiculadas, os alertas difundidos e a “boataria” circulando pelo Rio Grande e resto do Brasil que não há como fugir de falar sobre o vírus H1N1. E podem ter certeza que a gripe em si não se atemorizaria tanto as pessoas como a falta de confiança que a população demonstra em relação às declarações do poder público acerca das providências que estão sendo tomadas em prol da saúde coletiva.
Na atual infraestrutura[1] político-econômica, onde vivenciamos uma crise de identidade partidária e desmandos em todas as esferas do poder, divulgadas e detalhadas pelos meios de comunicação, é de bom tom que a população fique de sobreaviso[2] e se proteja cuidando, especialmente, os bons hábitos de higiene, ou seja:
· Evitar visitas aos hospitais e demais casas de saúde.
· Buscar orientação médica no caso de estar gripado.
· Usar copos e talhares bem asseados e não compartilhá-los com ninguém.
· Arejar bem a casa, deixando que o ar circule livremente pelos cômodos.
· Usar o álcool gel para o asseio das mãos, repetidas vezes.
· Também, lavar as mãos com frequência [3] após o contato com objetos comuns, como é o caso dos corrimões[4], balcões de lojas e outros semelhantes[5].
Mas, devemos nos abster do exagero, do excesso de cuidados, do temor de que a epidemia (aparecimento intermitente de doença contagiosa que se difunde rapidamente) não se torne, em nossas cabeças uma pandemia (epidemia de grandes proporções, que pode atingir até mesmo o planeta todo), pois poderá ocasionar uma histeria (neurose caracterizada pela autossugestão[6]), se é que já não estamos caminhando para esse lado.
A questão é controversa e preocupante porque nem mesmo os infectologistas possuem uma opinião unânime a respeito do assunto. Cabe-nos, após decretado o prolongamento das férias de inverno, aproveitarmos o tempo para nos instruir, ler, pesquisar e buscar esclarecimentos, mesmo sem freqüentar as aulas, para que possamos exigir de nossos governantes mais investimentos em outras áreas, como é o caso da saúde, que se fosse bem tratada pelos responsáveis comportaria um número suficiente de pessoas habilitadas para tratar das doenças, teria sido feita uma prevenção, que é a forma de agir dos países desenvolvidos.
Dessa forma, a Gripe A é uma consequência[7] social que está sendo sentida por todos os brasileiros, independentemente da classe ou poder aquisitivo, mas que poderia ter sido amenizada ou até mesmo evitada se a saúde fosse prioridade. Que tal, ao invés de se discutir a punição ou não aos corruptos, nossos políticos estivessem preocupados em aplicar e fiscalizar a lei? Certamente não haveria tantos colarinhos brancos soltos nem tantas epidemias se alastrando.
[1] A partir do Acordo Ortográfico passou a ser escrita sem o uso do hífen, pois quando o prefixo termina por vogal diferente do segundo elemento não há necessidade do mesmo.
[2] Pelo novo acordo sem hífen, pelas mesmas razões que infraestrutura.
[3] Abolido o trema da palavra freqüência, assim como de todas as outras que o usavam.
[4] Aproveito para dizer que a palavra corrimão admite dois plurais: corrimões ou corrimãos.
[5] Essas informações se encontram disponíveis em todos os meios de comunicação, apenas as parafraseei.
[6] Não se emprega o hífen quando o prefixo termina em vogal e o próximo elemento inicia por R ou S, dobrando-se, então, essa consoante.
[7] Escrita sem trema a partir do Acordo Ortográfico.
AUTORRETRATO[1] DO FINAL DE SEMANA: MUITO FRIO

A palavra AUTORRETRATO[2] chocou sua visão???? Pois saiba que a minha também. Mas é assim que ele deve ser grafado desde a Reforma Ortográfica aprovada a partir do Acordo Ortográfico elaborado em 1990, ratificado pelo Brasil em 2004 a posto em prática a partir de 2009.
Todavia, o AUTORRETRATO do frio choca mais pela nova forma de escrever do que pelo seu significado. Ou será que ele será auxiliado pelo intenso frio que nos castiga, incomoda, apaixona, agrada alguns, desagrada a outros sempre mostrando as duas faces e nos impelindo a reapreender a lidar tanto com as palavras quanto com o clima frio?????.
Fazia anos que o inverno não era rigoroso como se apresenta neste ano. Ontem, o jeito foi permanecer olhando coisas antigas e em casa, cercada de muito calor artificial. Bem por isso passei a mexer em coisas velhas e descobri uma caixa de fotografias. Aquelas em preto e branco, guardadas como lembrança de um passado pouco distante, embora pertença ao século passado, mas que no mês de julho congelava nossas IDEIAS[3]
Achei algumas fotos interessantes, iguais ou quem sabe tiradas pelo mesmo fotógrafo, senhor Augusto Zarpellon, que registrava todos os fatos e eventos de Soledade e depois expunha naquela galeria-garagem, central, que nos abrigava do vento e propiciava a troca de informações entre os mais velhos e os mais novos, sobre quem eram os personagens das fotos expostas nas molduras de vidro. Ali a gente esquecia-se do minuano e encontrava amigos e conhecidos, redescobria amizades e até espichava o papo atualizando endereços, trocando informações, enfim, dialogando e resgatando conhecimentos.
Uma dessas fotos, que introduzo neste texto, mostra meu pai, no ano de 1968, na frente da nossa casa, na rua Aldo Porto, encantado pela paisagem européia que enfeitou Soledade, após uma noite de neve espessa.

Outra foto que encontrei é da visita de Ieda Maria Vargas, então Miss Universo, a Soledade. Meu pai anotou o mês, agosto, mas deixou de anotar o ano. Sei que foi na década de 1960. Mas isso não importa, diante da grandiosidade da paisagem, que mostra as anfitriãs da Miss Universo, da família Chaise, trajadas de casacões e gorros e com os pés afundados na neve, demonstrando a espessura do maravilhoso fenômeno que nos fazia sair de dentro de casa para brincar, construindo bonecos, fazendo “guerra de neve”, caminhando em grupo pela cidade, sempre fotografadas por alguém.



No meio das lembranças da neve, propiciadas pelo frio, resolvi aliar a gramática com a realidade. E parece que deu certo. Ah....vou esquentar um copo de leite com Nescau no MICRO-ONDA[4] para me aquecer e poder seguir remexendo e arrumando as fotografias.
Aos poucos estou tomando coragem e revelando aos meus leitores os segredos mais íntimos do Acordo Ortográfico, de uma forma criativa, mesmo não sendo original.

[1] Por sugestão dos meus alunos do Curso Técnico em Contabilidade, do IEE Maurício Cardoso, leitores assíduos das minhas crônicas e grandes incentivadores desta arte de escrever, que cultivo e procuro aperfeiçoar cada vez mais, evidenciarei, a partir de hoje, as palavras que se enquadram no novo Acordo Ortográfico, explicando, sempre, ao pé da página, o porquê da mudança. Assim, as palavras serão destacas pela cor vermelha e logo sempre virão acompanhadas da explicação gramatical.
[2] Antes do Acordo se escrevia com hífen (auto-retrato). Agora “não se usa hífen nas formações em que o primeiro elemento termina por vogal e o segundo elemento começa por R ou S, sendo que essas consoantes devem ser duplicadas. Assim temos autorretrato.
[3] Agora sem acento, pois é uma palavra paroxítona e possui ditongo aberto ei..
[4] Agora é assim que se escreve, o nosso antigo microonda virou MICRO-ONDA, pois “quando o primeiro elemento da formação MICRO terminar com a mesma vogal que se inicia o segundo elemento deverá ser usado o hífen”.