terça-feira, 4 de agosto de 2009

GRIPE A: epidemia, pandemia ou histeria?????

São tantas as informações veiculadas, os alertas difundidos e a “boataria” circulando pelo Rio Grande e resto do Brasil que não há como fugir de falar sobre o vírus H1N1. E podem ter certeza que a gripe em si não se atemorizaria tanto as pessoas como a falta de confiança que a população demonstra em relação às declarações do poder público acerca das providências que estão sendo tomadas em prol da saúde coletiva.
Na atual infraestrutura[1] político-econômica, onde vivenciamos uma crise de identidade partidária e desmandos em todas as esferas do poder, divulgadas e detalhadas pelos meios de comunicação, é de bom tom que a população fique de sobreaviso[2] e se proteja cuidando, especialmente, os bons hábitos de higiene, ou seja:
· Evitar visitas aos hospitais e demais casas de saúde.
· Buscar orientação médica no caso de estar gripado.
· Usar copos e talhares bem asseados e não compartilhá-los com ninguém.
· Arejar bem a casa, deixando que o ar circule livremente pelos cômodos.
· Usar o álcool gel para o asseio das mãos, repetidas vezes.
· Também, lavar as mãos com frequência [3] após o contato com objetos comuns, como é o caso dos corrimões[4], balcões de lojas e outros semelhantes[5].
Mas, devemos nos abster do exagero, do excesso de cuidados, do temor de que a epidemia (aparecimento intermitente de doença contagiosa que se difunde rapidamente) não se torne, em nossas cabeças uma pandemia (epidemia de grandes proporções, que pode atingir até mesmo o planeta todo), pois poderá ocasionar uma histeria (neurose caracterizada pela autossugestão[6]), se é que já não estamos caminhando para esse lado.
A questão é controversa e preocupante porque nem mesmo os infectologistas possuem uma opinião unânime a respeito do assunto. Cabe-nos, após decretado o prolongamento das férias de inverno, aproveitarmos o tempo para nos instruir, ler, pesquisar e buscar esclarecimentos, mesmo sem freqüentar as aulas, para que possamos exigir de nossos governantes mais investimentos em outras áreas, como é o caso da saúde, que se fosse bem tratada pelos responsáveis comportaria um número suficiente de pessoas habilitadas para tratar das doenças, teria sido feita uma prevenção, que é a forma de agir dos países desenvolvidos.
Dessa forma, a Gripe A é uma consequência[7] social que está sendo sentida por todos os brasileiros, independentemente da classe ou poder aquisitivo, mas que poderia ter sido amenizada ou até mesmo evitada se a saúde fosse prioridade. Que tal, ao invés de se discutir a punição ou não aos corruptos, nossos políticos estivessem preocupados em aplicar e fiscalizar a lei? Certamente não haveria tantos colarinhos brancos soltos nem tantas epidemias se alastrando.
[1] A partir do Acordo Ortográfico passou a ser escrita sem o uso do hífen, pois quando o prefixo termina por vogal diferente do segundo elemento não há necessidade do mesmo.
[2] Pelo novo acordo sem hífen, pelas mesmas razões que infraestrutura.
[3] Abolido o trema da palavra freqüência, assim como de todas as outras que o usavam.
[4] Aproveito para dizer que a palavra corrimão admite dois plurais: corrimões ou corrimãos.
[5] Essas informações se encontram disponíveis em todos os meios de comunicação, apenas as parafraseei.
[6] Não se emprega o hífen quando o prefixo termina em vogal e o próximo elemento inicia por R ou S, dobrando-se, então, essa consoante.
[7] Escrita sem trema a partir do Acordo Ortográfico.

Um comentário:

Unknown disse...

Falou tudo Léa... adorei, e concordo plenamente com tudo que você escreveu...