sexta-feira, 24 de julho de 2009

ENFRENTAR FILA NOS BANCOS É UM EXERCÍCIO DE PACIÊNCIA

É comum escutar reclamações das pessoas relativamente ao tempo de espera nas filas de bancos. Mãos carregadas de papéis, bolsas ou carteiras recheadas de notas, cheques ou moedas. Filas, longas filas, ou cadeiras, confortáveis, azuis, cinzas ou verdes, mas sempre cheias de pessoas sentadas mal-humoradas, revoltadas, cansadas, chateadas e outros adjetivos mais que nem mesmo a língua portuguesa, com sua diversidade e riqueza vocabular não possui nenhuma palavra que, de uma só vez, consiga transmitir a ira, a fúria, o desconforto, o constrangimento, o descaso, a agressividade o “estresse bancário” (talvez este seja o termo que tanto procurei e que agora, como um milagre ortográfico se inseriu no meu texto) que acomete todos os que são obrigados a se submeter a uma situação passageira no dia, mas constante ao longo dos meses.
Como ninguém sabe por que e nem a fim de que essa situação continua fazendo parte do nosso cotidiano, as pessoas obrigadas a permanecer em fila ou sentadas trocam ideias, montam estratégias, se combinam de simular situações, algumas das quais achei interessante tornar públicas, embora anônimas, mas que poderiam, se postas em prática, chamar a atenção dos responsáveis pelos bancos e dessa forma eles ouvirem o que os “clientes”, que sempre deveriam ter razão, pensam a respeito do exercício de paciência a que são submetidos diariamente: Aqui vão algumas estratégias, claro que hipotéticas, mas que merecem ser levadas em conta, pois todas são criações dos clientes, obrigados a ficar esperando atendimento e por não serem atendidos passam a “conspirar “ contra os bancos.
Também, achei sensato dividir “as conspirações” em capítulos, pois dessa forma agregar novas sugestões e os capítulos, sem data marcada para terminarem, estender-se-iam, por muitos anos ainda. De repente, quem sabe, até algum meio de comunicação adquira os direitos autorais e produza um seriado, ou melhor, uma saga, devido à riqueza de episódios que poderão vir a acontecer a partir da “conspiração”:
Dito isto, vamos aos capítulos:
Capítulo 1 – Estratégias para ser atendido como cliente normal[1]
a) Alugar uma criança para ter sempre ao colo, já que as gestantes ou mães com filho no colo são atendidas preferencialmente.
b) Levar a avó ou avô sempre junto, para pegar a senha ou fila dos idosos; pois além de tirar essas pessoas para passear podemos conversar com elas assuntos que em casa nos falta tempo.
Capítulo 2- Estratégias para chamar a atenção dos gerentes e demais funcionários das agências que possuam poder de decisão
a) Organizar uma gritaria coletiva, tipo da torcida do Inter, no jogo do Corinthias. Mas dizer em coro, unissonamente:
- oi, estamos aqui...
- nos atendam, por favor....
O tipo de gritaria pode ser tipo torcida organizada, composta por clientes à espera, acompanhados de tambores, buzinas, apitos e outros instrumentos de som e percussão.
Os clientes “esperantes” se divertiriam muito mais do que assistir vídeos repetitivos e enganosos, rodados pelas TVs instaladas nos bancos, acerca do respeito ao cliente ou sobre assuntos desinteressantes.
b) Para encerrar, sugiro que o sexo feminino leve agulhas e linhas para fazer mantas e o sexo masculino se mantenha concentrado, olhando a habilidade das mãos femininas, em tricotar e crochetar mantas, auxiliando no desenrolar dos novelos de lã, trocando idéias sobre receitas, e vendendo as mantas que forem ficando prontas para os que se encontram na espera de serem atendidos.
Por hoje é só, aguardo sugestões dos leitores para que possamos ampliar esta saga histórica e construirmos uma ampla lista de sugestões mais ricas e criativas.

[1] Nada contra os clientes especiais, como deficientes, idosos, gestantes etc,, mas os demais se sentem discriminados, como se fossem penalizados por não se enquadrarem dentro desses critérios e por isso precisam aguardar mais tempo que os demais para serem atendidos. E, parece, que o dinheiro de todos tem o mesmo valor e ajuda aumentar o lucro dos bancos da mesma forma.

Nenhum comentário: