ÁLCOOL NOS ESTÁDIO DE FUTEBOL: líderes adiam decisão
Vivemos numa sociedade de contradição. O Brasil é um país de contrastes e de contradições. No meu entendimento o que deve regular a vida de um país é a Constituição Federal, por isso chamada de lei maior. As demais leis devem seguir os princípios constitucionais, complementá-los e JAMAIS contrariá-los. Pelo menos é assim que aprendemos e assim que continuamos a ensinar.
Diante da proposta de ser criada uma LEI GERAL PARA A COPA comecei e me questionar, mas resolvi aguardar. Quem sabe estou errada, julgando mal meus governantes, ou: eles falaram nessa Lei Geral como uma nova conotação para a Constituição Federal....afinal estamos sempre aderindo aos neologismos. Hoje em dia não apagamos mais... DELETAMOS. Assim poderia ser a Lei Geral
Pasmem os leitores: para surpresa geral eu não me enganei. Os parlamentares vão mesmo fazer uma LEI GERAL PARA A COPA onde contraria a lei maior e pior ainda: incentiva que a bebida alcoólica seja liberada nos estádios de futebol, tudo em nome da alegria que deve durar no período da Copa do Mundo.
E parece que nada convence os políticos de que isso é um retrocesso e avilte às leis vigentes, que já são brandas, mas estão ajudando a melhorar os índices negativos em relação a tudo o que acontece em nome do uso e abuso do álcool ingerido pelos seus adeptos:
Dessa forma, imagino o cenário da Copa assim:
• Estatuto de Torcedor – esquecido durante a Copa, pois ele impede o consumo de substâncias proibidas nos estádios;
• Década de Ação para a Segurança no Trânsito (2011-2020) – na Copa essa década será desconsiderada e os dias da Copa deverão ser acrescentados após 2020 (????)
• O Estatuto da Criança e do Adolescente – como ficará, com crianças que se acostumam a ver seus pais ingerirem bebidas alcoólicas e também permitirem que menores as tomem? Nos estádios, pais e filhos “alegres”, de latinha na mão??????
Poderia listar muitos outros questionamentos, mas estes três parecem ser suficientes para nos preocupar, como pais e educadores.
Reitero o pelo às pessoas de bom senso e líderes de ONGs para que abram suas falas contra esse desmando que está para ser aprovado. Se a população levantar a voz, alta e em bom som, poderemos fazer com que nossos “representantes” pensem nos cidadãos brasileiros, porque se a lei for aprovada eles terão menos eleitores no futuro. Por que afirmo isso? Simplesmente porque não precisamos ter a bola de cristal para saber que as tragédias nos estádios e no trânsito serão incentivadas em nome da LEI GERAL DA COPA.
Essa é a opinião de uma educadora e mãe que pensa nos outros e não nos votos que poderão lhe render. Afinal, não concorro a nada. Sou uma professora que usa da palavra para levar aos seus leitores e alunos a visão acadêmica e bem fundamentada daquilo que escreve.
Publicado no: http://www.clicsoledade.com.br/artigos
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